COTIDIANO
PC vai solicitar vinda de canibais à Paraíba
Casa onde o trio residia será escavada pelas equipes de investigação. Presença dos suspeitos será solicitada.
Publicado em 21/04/2012 às 6:30
O delegado titular do Conde, Elias Rodrigues irá solicitar judicialmente a presença na Paraíba do suposto trio de canibais, detido no Estado de Pernambuco, acusados de assassinar, esquartejar, além de ocultar e comer partes do corpo de pelo menos três mulheres. Conforme o Instituto de Polícia Científica (IPC), na próxima quarta-feira serão iniciadas as escavações em duas casas localizadas no município do Conde, no litoral sul do Estado, onde os suspeitos residiram. As escavações poderão contar ainda com o apoio do Corpo de Bombeiros, na tentativa de encontrar os restos mortais de uma possível vítima paraibana.
“Nós começamos a investigar a atuação deles na Paraíba após notícias veiculadas na mídia revelarem que existia uma possível vítima no Estado. Aguardamos que a polícia de Pernambuco conclua todos os procedimentos com os suspeitos, para que eles possam ser interrogados sobre um suposto crime praticado na Paraíba”, explicou o delegado Elias Rodrigues.
Ao chegar à cidade do Conde, Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Pires, Bruna Silva e uma criança se apresentaram como sendo pai, mãe, filha e neta e a princípio eles residiram no loteamento ‘Carnaúba’, onde, conforme o delegado, permaneceram por três meses. Os suspeitos teriam chegado ao local no ano de 2008, sem qualquer objeto. Sempre muito discretos, mesmo sem possuir aparente trabalho, eles saíram da residência sem deixar qualquer dívida.
A casa onde o trio residia pertence atualmente ao aposentado Aluízio Francisco da Silva, de 75 anos, que já decidiu vender o local. “Eu cheguei a essa casa em 2010, nunca tive contato com essas pessoas e nunca percebi nada de estranho na casa. Já mostrei toda a casa à polícia que agora irá utilizar cães farejadores para localizar alguma ossada aqui”, disse o aposentado.
Alguns moradores do loteamento chegaram a ter contato com os acusados, mas afirmaram não ter suspeitado que se tratava de criminosos. “Eu passava todos os dias ao lado da residência, eles nunca me cumprimentavam, eram muito reservados”, disse a dona de casa Neide dos Santos.
Após 3 meses, o trio e a criança se mudaram para um sítio no Loteamento Planalto, também no município do Conde, onde permaneceram por quatro meses. Oito pessoas já prestaram depoimento na delegacia do Conde e confirmaram a presença dos acusados na cidade.
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