Adolescente é assassinada em festa na capital

Motivação passional é a principal linha de investigação, segundo a Polícia Militar, para o homicídio de uma garota de 13 anos, durante a noite do último domingo, no bairro Padre Zé, em João Pessoa. Luana Raimunda Rodrigues Silva participava da festa de aniversário do bairro Padre Zé quando, por volta da meia-noite, foi assassinada com um tiro na cabeça. Testemunhas do crime revelaram que a garota já havia sido espancada no dia anterior ao crime.

A Polícia Militar já identificou o principal suspeito de ter praticado o homicídio. De acordo com comandante do Policiamento Solidário do bairro de Mandacaru, tenente Iury Agostini, o autor do crime seria um adolescente de 16 anos, que é morador do bairro e teria assassinado Luana Raimunda por ciúmes.

“Nós temos a informação que a vítima participava da festa quando foi arrastada, encostada em uma parede e assassinada com um tiro na cabeça, entretanto somente a perícia irá confirmar se o disparo foi efetuado à queima-roupa. O rapaz foi ao local com o único objetivo de executar a menina. Já temos informações sobre o local onde ele estaria escondido e realizamos diligências na tentativa de prendê-lo,” afirmou o tenente Iury Agostini.

Ainda de acordo com o tenente, a vítima não possuía envolvimento com o tráfico de drogas, porém o adolescente acusado de praticar o crime já é conhecido pela PM. “As equipes do Policiamento Solidário inclusive já realizaram anteriormente a apreensão desse adolescente. Acreditamos que o crime foi passional porque se possuísse qualquer relação com tráfico a menina teria sido assassinada em um outro local e não em uma festa onde haveria grande número de testemunhas,” explicou o tenente Agostini.

Ao ser atingida pelo tiro, a garota ainda chegou a ser socorrida na viatura da Polícia Militar para o Hospital de Emergência e Trauma, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu. O assassinato é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital, que acredita em tiro acidental.

Uma moradora afirmou que a menina não foi alvo de tiro acidental e executada quando estava em uma rua lateral ao local onde ocorria a festa. “O rapaz veio para matar ela. No sábado ela já havia sido espancada nessa mesma festa, veio novamente no domingo e foi assassinada. Todo ano ocorre essa festa e sempre tem briga ou morte,” disse a mulher que não quis se identificar.

O policiamento da festa era feito por policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar e Policiamento Integrado do bairro de Mandacaru.

“Contamos com um número suficiente de policiais durante toda a festa, porém o crime foi premeditado. Trabalhamos agora para apreender o responsável pelo assassinato,” concluiu o tenente Agostini.