Presidente diz que PEN terá surpresas em 2014

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Marcelo (PEN), avalia como positivo o ano de 2013. Dentre as iniciativas promovidas pela Casa, ele destaca a realização da campanha 'SOS Seca', chamando a atenção e cobrando ações de convivência com a seca. Seu maior desafio é construir a nova sede da Assembleia. “Essa é uma obra que quero iniciar até o final da minha gestão. O fato de não ter ainda saído do papel não foi por falta de vontade e empenho da minha parte”, afirmou.

Em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA, Ricardo Marcelo, que preside o PEN no Estado, fez uma análise do panorama político para as eleições de 2014 e disse que o seu partido não abre mão de estar presente na chapa majoritária. “Vamos surpreender nas eleições do próximo ano, pois temos bons nomes e um projeto de desenvolvimento com sustentabilidade para o Estado”. Sobre seu futuro político, ele afirmou que ainda é cedo para uma definição. “Sou um soldado do PEN e disputarei o cargo que a legenda e meus colegas acharem melhor”.

JORNAL DA PARAÍBA - Qual o balanço que o senhor faz da sua administração em 2013? O que deu para fazer e o que ficou pendente?

RICARDO MARCELO - Conseguimos fazer muita coisa em 2013, desenvolver vários projetos importantes: fizemos a campanha do 'SOS Seca', chamando atenção e cobrando ações de convivência com a seca; chamamos atenção para o câncer de próstata e de mama e da prevenção da doença; fizemos um alerta para a necessidade de economizar água.

Outra iniciativa que julgo de grande importância foi a criação de um novo site da ALPB e a formulação do portal da transparência, que permite que a população tenha mais acesso ainda às atividades do Poder e como é feita a aplicação do dinheiro público. Ainda temos o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), que permite que a população interaja com o Poder e encaminhe as suas demandas.

Realizamos o encontro dos legisladores paraibanos, levando informações para os vereadores para que eles tenham elementos para fazer a defesa da população. Editamos a coletânea de leis da mulher, pessoa com deficiência, criança e adolescente, idoso e defesa do consumidor; possibilitando que a legislação seja conhecida e aplicada, para a garantia dos direitos básicos.

Já agora no final do ano lançamos o livro/álbum Parlamento: uma breve história sobre o legislativo paraibano, que se constitui em uma valorosa fonte de pesquisa e um instrumento para preservação e proliferação da memória.

JP - Este ano vários deputados pediram licença, dando oportunidade para os suplentes assumirem na Assembleia. Como o senhor vê a banalização das licenças?

RICARDO MARCELO - Não há banalização de licenças. Elas são garantidas por lei e não há impedimento para que o parlamentar usufrua de um direito seu, caso tenha necessidade de o utilizar.

JP - A questão do corte do ponto dos deputados faltosos. A Assembleia tem aplicado essa medida?

RICARDO MARCELO - Temos aplicado sim o corte de ponto para todas as faltas sem justificativa. Fizemos isto em 2012, este ano e vamos continuar fazendo em 2014, caso seja necessário.

JP - O senhor é presidente até 2015. Quais são os projetos, ações e obras que o senhor vislumbra realizar até lá?

RICARDO MARCELO - Acredito que sempre há o que ser feito. Até lá quero continuar desenvolvendo campanhas educativas, colocando em prática ações que aproximem cada vez mais a população da ALPB.

JP - É uma frustração a Assembleia Legislativa ainda não ter iniciado a construção da sua nova sede? Por que a obra não saiu do papel?

RICARDO MARCELO - Essa é uma obra que quero iniciar até o final da minha gestão. Frustração não é, porque como gestor tenho os pés no chão e respeito ao dinheiro público, por isso, só faço o que está dentro das nossas possibilidades. E o fato de não ter saído do papel, garanto que não foi por falta de vontade e empenho da minha parte.

JP - Quais foram as ações da sua gestão em 2013 em prol dos servidores da Casa?

RICARDO MARCELO - Nós demos reajuste para os servidores e realizamos concurso público após 37 anos, deixando para a Casa o maior bem que ela pode ter, que são seus servidores. Melhoramos o setor médico e a creche, como forma de garantir melhor assistência aos nossos funcionários. Estamos inseridos em um trabalho de valorização do servidor, pois acreditamos que servidor valorizado presta um serviço de mais qualidade para a população. Na ALPB desenvolvemos ações culturais e artísticas e oferecemos atendimento médico e psicológico.

JP - Como tem sido o relacionamento da Assembleia com os demais poderes?

RICARDO MARCELO - Uma relação harmônica e de respeito, sem submissão. Assim que tem que ser a relação entre os poderes.

JP - Como o senhor pretende conduzir os trabalhos na Assembleia Legislativa no ano de 2014, quando teremos eleições gerais no país?

RICARDO MARCELO - Vamos dar continuidade aos nossos trabalhos, com muita responsabilidade. Cuidaremos para que não haja excessos e já em março faremos um seminário sobre o que é permitido e o que é vedado no período eleitoral.

JP - Vários pedidos de CPI foram protocolados na Casa. No entanto, o ano termina sem nenhuma CPI instalada. A que o senhor atribui essa situação?

RICARDO MARCELO - Os pedidos de CPI são minuciosamente analisados. Acredito que próximo ano teremos uma definição em relação às CPIs que tramitam na Casa.

JP - O senhor preside o PEN no Estado. O partido vai apresentar candidatos aos cargos majoritários (governador, vice-governador e senador)?

RICARDO MARCELO - Vamos apresentar nomes sim, pois temos ótimos quadros para isso e temos um projeto de desenvolvimento para este Estado. Nossa característica é a de sempre dialogar, mas não abriremos mão de estar presente na chapa majoritária.

JP - O senhor já definiu qual o cargo que vai disputar nas eleições de 2014?

RICARDO MARCELO - Ainda é cedo para uma definição e, além disso, sou um soldado do PEN e disputarei o cargo que a legenda e meus colegas acharem melhor. Como já disse, meu nome está à disposição.

JP - O PEN está presente em quantos municípios da Paraíba e qual a expectativa do partido nas eleições de 2014?

RICARDO MARCELO - Estamos presentes em cerca de 90 municípios com comissões provisórias. A meta para o próximo ano é dar continuidade ao projeto de expansão, investir na capacitação dos nossos filiados e trabalhar duro para que tenhamos uma boa representatividade ao final do pleito de 2014.

JP - Quantos deputados o PEN espera eleger no próximo ano?
RICARDO MARCELO - Vamos surpreender nas eleições do próximo ano, pois temos bons nomes e um projeto de desenvolvimento com sustentabilidade para o Estado.

JP - O PEN foi convidado para fazer parte do 'blocão'? O que o senhor acha das oposições terem mais de uma candidatura ao governo do Estado para as próximas eleições?

RICARDO MARCELO - Fomos convidados e estamos abertos para dialogar com todas as forças partidárias e lideranças. A política é a arte do diálogo e a exercitamos muito bem. Acredito que a oposição deverá se unir em torno de um nome, mas se isso não for possível, acho legítima qualquer candidatura, pois faz parte da democracia.

JP - No plano nacional quais são as metas do PEN nas eleições de 2014? Quem o partido apoiará para presidente da República em 2014?

RICARDO MARCELO - Estamos em fase de dialogar com todas as legendas, pois ainda é muito cedo para definições. O que posso garantir é que apoiaremos o candidato que tiver o melhor projeto para este país, de acordo com o nosso ponto de vista.