COTIDIANO
EUA irá adotar novas sanções contra o Irã
Hillary Clinton, disse ontem que os Estados Unidos se preparam para adotar novas sanções contra o Irã após a descoberta de um plano terrorista de Teerã.
Publicado em 12/10/2011 às 6:30
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse ontem que os Estados Unidos se preparam para adotar novas sanções contra o Irã após a descoberta de um plano terrorista de Teerã que supostamente visaria a matar o embaixador saudita em Washington. Segundo ela, o plano que foi desbaratado deve "isolar ainda mais" o Irã da comunidade internacional. Também ontem, a Casa Branca elogiou a ação que frustrou o plano de ataques contra as embaixadas da Arábia Saudita e Israel em Washington e disse que o presidente americano, Barack Obama, ordenou há alguns meses "cooperação total" com as investigações.
Mais cedo, o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou, durante coletiva de imprensa, que, após ser detido, um dos envolvidos confessou seu envolvimento com o plano terrorista e forneceu informações que apontam que o governo iraniano estaria por trás do plano.
Documentos judiciais registrados em uma corte federal de Nova York apontam que dois homens – identificados como Manssor Arbabsiar e Gholam Shakuri – foram indiciados por planejar uma ação terrorista e por conspirar para utilizar armas de destruição em massa.
Holder disse ainda que mais ações serão tomadas "em breve" para que o Irã seja responsabilizado pelo plano de ataques.
Arbabsiar – que seria naturalizado americano e teria dupla cidadania – foi preso no final de setembro no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York. Shakuri, identificado como membro da unidade Quds – forças especiais da Guarda Revolucionária Iraniana –, continua a ser procurado pelas autoridades americanas.
Segundo os documentos oficiais, Shakuri manteve uma conversa telefônica com Arbabsiar na qual aprovava o plano para matar Al Jubeir. Em julho e agosto desse ano, ele teria entrado em contato com um agente infiltrado da agência antidrogas americana que estava no México e pagado US$ 100 mil a ele para que matasse o embaixador.
Holder disse ainda, durante a coletiva, que o informante se fez passar por membro de um cartel de narcotraficantes mexicano, dizendo que poderia perpetrar o atentado por um preço de US$ 1,5 milhão.
Acusação
Um conselheiro do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou ontem a acusação dos Estados Unidos de envolvimento do Irã em um plano para assassinar o embaixador saudita em Washington. "É um cenário planejado para desviar a atenção da opinião pública americana dos problemas internos dos Estados Unidos", afirmou Ali Akbar Javanfekr, conselheiro de imprensa de Ahmadinejad.
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