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POLÍTICA

Luciano Cartaxo pretende mudar a lei orçamentária municipal

Petista revelou, também, que quer parcerias com o Estado.

Publicado em 04/11/2012 às 12:00

O prefeito eleito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), disse que vai buscar parcerias com o governo do Estado. Em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA ele revelou que só vai pedir audiência ao governador Ricardo Coutinho após tomar pé da situação e quando já tiver empossado no cargo. “Nós queremos estabelecer o diálogo institucional que deve existir e é bom para a cidade de João Pessoa”. Segundo ele, as divergências devem ser no campo da política. “Do ponto de vista administrativo, na condição de prefeito, eu tenho que buscar todos os parceiros que queiram investir em João Pessoa”, destacou. O petista revelou, também, que pretende mudar a lei orçamentária municipal.


JORNAL DA PARAÍBA - A partir de agora quais os projetos e as prioridades ao assumir o cargo de prefeito de João Pessoa?

ENTREVISTADO - Nosso próximo passo é estabelecer o processo de transição já a partir da próxima semana (esta). Vamos criar uma equipe enxuta, que possa fazer todo esse processo de maneira tranquila, pacífica. A disposição do prefeito Luciano Agra é que a gente possa estabelecer essa equipe e já comece a trabalhar, com transparência, já que é entre aliados. A partir do momento que a gente definir a transição, vão surgir naturalmente os nomes que vão compor o nosso secretariado e aí no final do ano a gente já tem a dimensão das primeiras medidas que vamos tomar a partir do início de 2013.

JP - O senhor já sabe qual será o primeiro ato para marcar o início da sua gestão?

ENTREVISTADO - Todo o processo vai se dar a partir da transição e da composição do secretariado. Os nossos atos vão ser em cima das propostas concretas que apresentamos na campanha. Vamos primeiro fazer o levantamento de dados, montar a equipe para poder anunciar as primeiras medidas.
JP - Alguns prefeitos eleitos nas capitais estão anunciando cortes de gastos. O senhor também pensa em adotar essa medida?
ENTREVISTADO - Isso vai depender da equipe de transição, das informações que vamos ter a partir da próxima semana, porque a partir daí vamos montar o cenário em relação aos primeiros seis meses. Vamos ter acesso ainda no início da próxima semana ao orçamento municipal, que prevê R$ 2 bilhões para 2013. Então, a gente deve fazer algumas mudanças, algumas alterações, na lei orçamentária.

JP - O senhor já sabe que mudanças serão feitas na lei do orçamento?

ENTREVISTADO - Vamos focar algumas mudanças principalmente em relação à área social. Queremos trabalhar para quem mais precisa, para a população que mais necessita da atenção do poder público. Nós vamos focar o nosso governo em ações objetivas para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Dentro dessa linha nós vamos fazer investimento na política de infraestrutura da cidade, principalmente para os bairros da capital, e também na política social envolvendo saúde, educação, além de algo essencial que é a política de esportes vinculada com a de cultura.

JP - Como o senhor pretende contemplar os partidos aliados que aderiram a sua candidatura, especialmente no segundo turno, como PMDB, PTB, dentre outros?

ENTREVISTADO - A aliança foi entre o PT, PP, PPS, PRB, o PSC, que acabou havendo um problema na Justiça Eleitoral e no segundo turno tivemos a adesão de uma parte significativa do PMDB, do PTB, que são partidos que vieram se incorporar para o momento decisivo do segundo turno. Então, dá tranquilamente para a gente fazer uma política que contemple os partidos e, ao mesmo tempo, a gente avance cada vez mais no diálogo com a cidade.

JP - Existe a possibilidade de criação de alguma secretaria para contemplar os aliados?

ENTREVISTADO -Nós não estamos pensando nesse momento em criação de secretaria. O município já dispõe de uma estrutura organizacional.

JP - Quem são os secretários da atual gestão que vão permanecer no seu governo?

ENTREVISTADO - Essa definição de nomes só a partir do finalzinho do próximo mês. Quando encerrarmos a coleta de dados em relação à transição, vamos partir para a definição dos nomes. Vamos escutar os partidos aliados, escutar a sociedade. Então faremos essa leitura da estrutura da prefeitura, do orçamento do município e das composições que nós fizemos agora na eleição.

JP - Qual o tamanho que o PT terá na formação do seu secretariado?

ENTREVISTADO - O PT é o principal partido dessa aliança, já que tem o prefeito eleito da cidade de João Pessoa. Mas esse não vai ser um governo exclusivo do PT. O governo vai contemplar o PT, os partidos aliados e a própria sociedade.

JP - O senhor pretende adotar o modelo da gestão do PSB, em que somente o prefeito e vice têm cargos garantidos, como chegou a dizer o governador Ricardo Coutinho?

ENTREVISTADO - Nós vamos fazer um governo em que queremos que os secretários sejam parceiros, tenham autonomia em relação à dinâmica da administração municipal, cada um na sua pasta. Entendemos que o processo de construção de aliança política foi importante e vamos estabelecer o diálogo como essencial. Logicamente que as mudanças acontecem naturalmente, em quatro anos de governo. Mas a nossa intenção é montar uma equipe entrosada.

JP - O senhor vai seguir o conselho do ex-presidente Lula de não colocar no governo pessoas que depois o senhor não vai conseguir tirar da prefeitura?

ENTREVISTADO - O presidente Lula tem muita experiência administrativa, governou o país por duas vezes e ele tem procurado ajudar não só o nosso caso específico de João Pessoa, mas de diversos Estados e capitais onde o PT já teve uma experiência importante. Faremos as escolhas de maneira muito criteriosa, de uma equipe unificada, que tenha condição de produzir muito pela cidade.

JP - Como o senhor pretende lidar com o fogo amigo?

ENTREVISTADO - Isso não está previsto no nosso governo, são coisas que podem acontecer em eventual circunstância, mas nós vamos trabalhar sempre na base do diálogo, na base do convencimento. Claro que o prefeito tem o poder de decidir e vai decidir na hora exata. Nós vamos trabalhar dentro de uma linha de que vai ser preciso construir uma unidade muito forte em torno do governo e eu tenho que com o diálogo nós vamos conseguir isso.

JP - O governador Ricardo Coutinho, que perdeu a eleição em João Pessoa, colocou no Twitter que está à disposição de todos os prefeitos eleitos. O senhor já pensa em pedir uma audiência ao governador e para quando será essa audiência?

ENTREVISTADO - Primeiro passo será a gente montar as equipes de transição e de governo, tomar as primeiras medidas para o próximo ano, mas logicamente que queremos estabelecer o diálogo institucional, buscar parcerias. Não só com o governo do Estado, mas com o governo federal, principalmente, e com a iniciativa privada. As divergências devem ser no campo político e partidário. Do ponto vista administrativo, na condição de prefeito, tenho que buscar todos os parceiros que queiram investir na cidade de João Pessoa.

JP - Credenciado pelo comando da prefeitura de João Pessoa, o senhor vai comandar o PT a partir de agora. Em outras palavras, o senhor é quem vai dar as cartas no partido? E qual foi o real crescimento do PT nas eleições em João Pessoa?

ENTREVISTADO - O PT teve um crescimento extraordinário. Ganhar a prefeitura de João Pessoa é um feito histórico para o PT, que ao longo dos anos vinha buscando conquistar o espaço municipal, principalmente na capital. Não tivemos um desempenho tão bom em nível de Estado, mas em João Pessoa o PT deu um salto significativo. Vamos ter esse desafio de governar a capital, sem dúvida alguma que isso vai ser importante para projetar o PT enquanto força política não só em João Pessoa, mas na Paraíba. Com esse desafio posto, temos uma responsabilidade imensa, porque o PT, a partir da prefeitura, vai conseguir ter visibilidade para todo o Estado. E o PT é um partido democrático, não tem dono, não tem alguém que mande no partido. O PT tem lideranças políticas e logicamente que eu saio fortalecido como grande liderança do PT nesse momento, mas jamais com imposição. Quem tem força realmente no partido é a sua militância.

JP - O senhor vislumbra uma candidatura própria do PT ao governo do Estado em 2014. Especula-se o seu nome para governador. É possível isso?

ENTREVISTADO - De forma alguma, o cenário está em aberto. Estamos terminando um processo eleitoral agora. Meu objetivo e compromisso com João Pessoa é cumprir literalmente os 4 anos de mandato, até porque foi para isso que eu fui eleito e vou focar as minhas energias, e disposição para o trabalho, na administração municipal. Temos que dar respostas para os problemas da população, fazer um investimento forte na qualidade de vida do povo. Então, o cenário eleitoral de 2014 só deve ser definido em 2014. O que temos que fazer agora é começar a pensar que vamos ter desafios enormes e trabalhar muito pela cidade. Esse é o nosso objetivo.

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Jornal da Paraíba

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