Profissionais de Educação de JP cobram ações do prefeito em frente ao CAM

Durante a manhã desta sexta-feira (1º), cerca de 50 profissionais de educação de João Pessoa realizaram uma manifestação na frente do Centro Administrativo Municipal (CAM), no bairro de Água Fria. Os manifestantes, que usaram um carro de som, ocuparam um trecho da rua Diógenes Chianca, que dá acesso ao local, e gritaram palavras de ordem cobrando ações da Secretaria de Educação do município e do prefeito Luciano Cartaxo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa (Sintem), Daniel de Assis, a categoria cobra um reajuste salarial de 11,36%. Apesar disso, como resposta, recebeu da prefeitura uma proposta de 5,40% para cerca de 500 trabalhadores, como recomposição do piso nacional, e 0% para 8.500 funcionários.

“É uma política nefasta em relação aos salários dos servidores municipais. Na administração de Luciano Cartaxo, nos primeiros anos, nós tivemos aumento menores que o do MEC (Ministério da Educação) e nesses dois ultimos tivemos menores que a inflação. E agora ele acena com uma proposta de 0%, que acaba com uma conquista histórica dos nossos trabalhadores, que é o Plano de Cargos e Carreiras”, afirmou Daniel de Assis.

“Outra problema sério é a qualidade das escolas. Nós não temos reposicao das instalações físicas das escolas, temos salas de aulas quentes e lotadas. Não temos uma valorização profissional dos trabalhadores da educação”, acrescentou.

Ainda conforme Daniel de Assis, a greve está mantida para a próxima segunda-feira (4). “O prefeito tem até hoje para nos receber e mandar uma proposta para o magistério. Isto não acontecendo, entraremos em greve por tempo indeterminado”, ressaltou.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação para saber sobre as reinvidicações dos servidores, contudo até às 11h desta manhã não obteve respostas. No entanto, em matéria publicada na última quarta-feira (30), a secretária de Educação de João Pessoa, Edilma Ferreira, sinalizou que não existe possibilidade conceder reajuste para todos os servidores em 2016.

“Este ano, como consequência da crise econômica, teremos que priorizar a garantia do piso nacional para toda a categoria”, comentou. Edilma acrescentou que os ganhos salariais nos últimos três anos são na ordem de 28,93%, percentual superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 24,73% no período. “É preciso também lembrar que os professores têm recebido uma remuneração extra todos os anos. Já são mais de R$ 30 milhões investidos no 14° salário”, concluiu.