Bancada paraibana promete mobilização

A bancada paraibana na Câmara Federal garante que está pronta para lutar pela aprovação do substitutivo ainda este ano, independente de cor partidária. O deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), por exemplo, chegou a dizer que quem não defender a causa é até digno de “ser banido”.

“Não há o que pensar. É votar com o espírito do pacto federativo, que consta na nossa Constituição Federal. Rio de Janeiro e Espírito Santo não têm o que reclamar, pois estão sendo bem atendidos. É preciso fazer um raciocínio de país e não de Estado”, criticou Ruy Carneiro. “Se alguém na nossa bancada paraibana votar contra é para ser banido”, retrucou.

Na opinião do também deputado tucano Romero Rodrigues, o que está no subsolo, como é o caso do pré-sal, é da União.

“Como diz a Constituição. E os municípios e Estados têm que ter participação”, defendeu. “Sobretudo para Estados e municípios mais carentes, é uma forma de fazer justiça social”, ressaltou.

O deputado federal paraibano Benjamin Maranhão (PMDB), da base aliada do Governo Dilma e do mesmo partido do autor do substitutivo, também se colocou à disposição para engrossar o coro em torno da votação da matéria. “Sei que há um planejamento de reunião das bancadas do Centro-Oeste, Nordeste e Norte sobre os royalties. Vamos fazer pressão. O problema agora é o tempo, porque no dia 22 teremos a votação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da DRU (Desvinculação das Receitas da União), em 2º turno”, comentou.

O também peemedebista Wilson Filho falou das dificuldades, mas garantiu empenho de sua parte. “Ainda não conseguimos colocar na pauta porque têm líderes de partidos no Brasil que é apoiado por pouco mais de 50% da bancada que tem integrantes do Rio e do Espírito Santo. E se esse parlamentar não fortalecer a bancada, termina perdendo a liderança”, exemplificou.

“Porém, não só a bancada do Nordeste, do Centro-Oeste e do Norte (como havia citado Benjamin Maranhão), mas também a do Sul está trabalhando para o projeto ser votado ainda este ano, porque quanto mais demorar maior é o nosso prejuízo”, destacou Wilson Filho.