icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Escola: quanto mais cedo, melhor

Especialistas afirmam que crianças que iniciam cedo a vida escolar têm melhor desenvolvimento no ensino fundamental.

Publicado em 31/03/2013 às 10:00


Aos 4 anos, Ísis já reconhece vogais e consoantes, e até consegue escrever o próprio nome. A pequena também tem noção de cores, espaço, tamanho e números. Segundo a mãe de Ísis, a educadora física Íris Silva, a menina já demonstra interesse pela leitura e é autoconfiante. Todas essas habilidades começaram a ser aguçadas, segundo a mãe, quando Ísis tinha apenas 6 meses e foi para o berçário, passando depois para a educação infantil.

Atualmente, a garota passa o dia inteiro na escola, onde também faz natação e balé. Este ano passou a frequentar as aulas de Inglês. “Percebo que minha filha está desenvolvendo a capacidade de se relacionar com as outras pessoas, ficou mais esperta e curiosa”, declarou a educadora física. Segundo Íris, a criança já demonstra preocupação com o meio ambiente e sempre procura cuidar dos animais e plantas.

Pais e psicopedagogos são unânimes ao afirmar que, uma criança que começa mais cedo na escola, tem um melhor desenvolvimento quando chega ao ensino fundamental. A coordenadora de educação infantil, Gerlane de Fátima, disse que, quanto mais cedo a criança entrar na escola, melhor será o seu aproveitamento. “A vivência da escola via propiciar ganhos que a família não consegue suprir, a exemplo do convívio com outras crianças da mesma idade e também a questão da maturidade”, comentou.

A coordenadora disse ainda que é notória a diferença entre dois alunos que chegaram ao fundamental, considerando que apenas um cursou a educação infantil. Atualmente, o Ministério da Educação determina que os pais só estão obrigados a matricular uma criança aos seis anos de idade. Porém, até 2016, os sistemas de ensino terão que ofertar vagas na educação infantil para crianças com idade mínima de 4 anos completos.

Na prática, principalmente na rede privada de ensino, já é comum que crianças comecem a ir para a escola bem antes dessa idade, enquanto outros só iniciam a vida escolar um pouco mais tarde. Vale ressaltar que muitas crianças só vão para a escola aos 2,3 anos simplesmente porque os pais não têm com quem deixá-las e não necessariamente por conta do aprendizado.

Na Paraíba, em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19.466 crianças não frequentavam creches. Considerando que professores e psicopedagogos tenham razão, essas crianças teriam mais dificuldade de aprendizado quando colocadas na sala de aula junto com outras que iniciaram a vida escolar mais cedo.

Ensino desenvolve as potencialidades

A coordenadora pedagógica Guacira Menezes, que trabalha em uma escola privada de João Pessoa, disse que, atualmente, o desenvolvimento de competências e habilidades, na educação básica, é a principal meta a ser alcançada. “É função do ensino e da aprendizagem desenvolver as potencialidades do aluno em termos de inteligência, cognição e cidadania, inclusive e principalmente na educação infantil, etapa de grande potencialidade nos aspectos relativos à capacidade de aprendizagem”, afirmou.

Segundo Guacira, durante a educação infantil, as crianças desenvolvem habilidades de suma importância para os processos que seguem no fundamental I. “Esse espaço possibilita às crianças comunicarem ideias, fazer colocações, investigar, estabelecer relações e, sobretudo, adquirir confiança em sua capacidade de aprendizagem”, explicou a coordenadora pedagógica.

Contudo, a entrada mais cedo na escola, conforme Guacira, não significa necessariamente que a criança chegará ao ensino fundamental sabendo ler e escrever. “Desde os primeiros contatos com a escola, a criança interage com o ambiente alfabetizador, porém, o ciclo de desenvolvimento da leitura e da escrita se fecha, ou encontra-se melhor organizado até o 3° ano do ensino fundamental, perto dos 8 anos”, afirmou Guacira. A partir daí, portanto, o processo vai se aperfeiçoando.

A diferença de aprendizado entre uma criança que entrou mais cedo na escola e o coleguinha que chegou depois, segundo a coordenadora, é facilmente percebida. “Principalmente nos aspectos relacionados à segurança, autonomia, organização ampla e adaptação à rotina escolar. Receber estímulos certos, nas fases certas, é de fundamental importância para o processo do aprender a aprender”, ressaltou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp