VIDA URBANA
CG muda transporte coletivo
Quatro empresas venceram concorrência realizada pela prefeitura e vão operar o sistema. Alterações vão começar em junho.
Publicado em 20/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:02
O sistema de transporte coletivo em Campina Grande deve passar por mudanças a partir do próximo mês. Das sete linhas que atualmente fazem o transporte de passageiros na cidade, apenas quatro venceram a concorrência realizada pela prefeitura e vão continuar operando no município. São elas: Cabral, Nacional, Cruzeiro e Transnacional. Há vários anos o sistema funcionava sem a realização de uma licitação, em um mercado que atende cerca de três milhões de passageiros por mês. A concessão para o serviço terá validade de 15 anos.
A mudança no sistema trará uma nova concepção ao transporte público da cidade, que passará a ser atendida por meio de dois consórcios e terão áreas e linhas pré-definidas pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP).
As empresas Cabral e Nacional formaram o consórcio Santa Maria e atenderão as áreas Norte e Oeste. Já a área Sul ficará a cargo das empresas Cruzeiro e Transnacional, que integram o consórcio Santa Verônica.
Dentre as mudanças já sinalizadas pela STTP, estão a implantação de linhas interáreas, que funcionam como uma integração temporal, a exemplo da rota 245, que atualmente liga vários bairros da cidade sem passar pelo Centro. Outra novidade prevista a médio prazo, segundo o órgão, é a implantação de linhas coletoras, além da expansão dos corredores exclusivos para ônibus.
“O que vai mudar é principalmente em termos de administração da STTP, o planejamento das linhas e áreas a serem atendidas será melhor definido e ficará mais amplo. A mudança acontecerá paulatinamente para que a população não seja prejudicada. E vamos fazer com que as empresas obedeçam o estabelecido no edital”, afirmou a gerente de transportes da STTP, Araci Brasil. Ainda segundo ela, novas linhas de ônibus, ou extensões devem ser implantadas para atender a novos bairros e conjuntos que apresentem necessidade de transporte coletivo.
SEMINÁRIO
As empresas que venceram a concorrência vão assinar o contrato de licitação do transporte público de Campina Grande no próximo dia 5 de junho, ocasião em que acontecerá o Seminário Cidade Expressa – Mobilidade urbana é cidadania. O evento vai discutir o plano de mobilidade e a economia criativa.
PROBLEMAS DE ACESSIBILIDADE
A qualidade do transporte público é mensurado desde a espera do passageiro no ponto de ônibus até o momento em que ele desembarca no seu ponto de destinos. Um dos problemas enfrentados pelos usuários dos transportes coletivos é a falta de acessibilidade, pois muitos ônibus, mesmo adaptados para cadeirantes, estão com os elevadores quebrados.
O cadeirante Lindemberg Pereira sente isso diariamente. “Tenho que pedir a ajuda dos amigos ou do motorista para conseguir entrar ou descer do ônibus, porque na maioria deles o elevador não funciona e é necessário que alguém venha dar uma forcinha. Além disso, o botão de pedir parada também é quebrado e eu tenho que contar com a solidariedade de outro passageiro quando quero descer”, justificou.
Já para a estudante Ana Carla Souto, o que mais causa problemas é a espera e a quantidade de gente no interior dos ônibus. “Todo dia eu passo não menos do que 20 minutos esperando o ônibus para ir à universidade. Na volta, frequentemente ele vem lotado, com uma quantidade de pessoas com certeza acima do permitido”, reclamou.
A Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) admite a dificuldade no funcionamento dos elevadores porque eles são equipamentos sensíveis que se quebram devido à falta de homogeneização das ruas de Campina Grande, mas garante que vai intensificar a fiscalização para que as empresas de ônibus ofereçam um melhor serviço à população.
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