CULTURA
Homenagem: Saiba como surgiu a roupa branca do médico
Origem do branco como sinônimo de profissional de saúde tem origens bem antigas. Mas há alguns anos isso tem mudado e os médicos tem aderido à moda.
Publicado em 17/10/2009 às 8:30
Agda Aquino*
Especial para o Paraíba1
Dia 18 de outubro é comemorado o dia do médico. Em homenagem a esse profissional essencial para a sociedade, a coluna de hoje vai falar da roupa do médico. Você pode estar pensando agora que roupa de médico é branco e tudo igual, mas nem sempre foi assim, e na verdade nem é mais tanto assim hoje em dia.
A origem do branco como sinônimo de profissional de saúde tem origens bem antigas. Durante a maior parte do tempo da humanidade não houve roupa específica para quem tratava da saúde alheia.
A tradição começou no templo de Hipócrates, na ilha grega de Cos, onde se tratavam doentes por volta dos séculos V e VI antes de Cristo. Era hábito dos médicos, auxiliares e pacientes usarem branco para que não fossem feitas distinções entre eles.
Mas durante muito tempo os médicos das civilizações ocidentais usaram o preto, que ao mesmo tempo era sinal de classe mais elevada e também disfarçava as manchas de sangue que se acumulavam nas roupas.
Depois de um tempo se passou a usar o cinza, e as marcas de sangue passaram a significar credibilidade, porque fazia entender que aquele médico tinha experiência já que tinha tratado muita gente.
No final do século passado começou a implantação dos conceitos de higiene e esterilização e por causa disso se passou a usar o branco. Qualquer sinal de sujeira ficava visível, forçando o médico a se trocar e manter-se limpo.
Mas o que fez essa cor se estabelecer mesmo entre os profissionais da área de saúde foi o status que ela passou a dar. E isso foi apenas um passo para o crescimento do setor.
Desde os anos 1980 se tornou comum encontrar lojas especializadas em roupas brancas. A moda médica fez muitas empresas engrossarem os lucros e tantas outras surgirem. Mas há alguns anos o mercado tem diminuído. Os médicos de hoje não desejam mais ser iguais a todos.
A bata branca se tornou obrigatória apenas em ambientes hospitalares, mas por baixo dela os profissionais da saúde acabam aderindo à moda como qualquer outra pessoa da sociedade.
Nos ambientes de consultório é que a roupa branca anda em baixa mesmo, já que não precisa dessa diferenciação social. Mas pra gente o que importa mesmo é que o médico seja bom, com ou sem bata branca.
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* Agda Aquino é jornalista formada pela UFPB com formação em Design de Moda. Fez especialização pela Universidade Potiguar, onde pesquisou a relação da moda com a comunicação e com a credibilidade. É mestranda em Estudos da Mídia pela UFRN, onde estuda a moda utilizada pelo jornalista de televisão.
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