CULTURA
Ampliação de fronteiras
Exposição Le Hors-Là: Intercâmbio Brasil-França estreia nesta sexta-feira (5) na Estação das Artes, em João Pessoa.
Publicado em 05/04/2013 às 6:00
Reedição da coletiva que comemora os 20 anos do programa de residência artística entre brasileiros e franceses, a exposição Le Hors-Là: Intercâmbio Brasil-França estreia hoje na Estação das Artes, em João Pessoa.
A mostra, que será aberta a partir das 20h, conta com 72 obras, quase o dobro das que foram exibidas em janeiro, na Usina Cultural Energisa.
Segundo Dyógenes Chaves, que divide a curadoria com Raul Córdula, a ampliação foi favorecida pelo espaço do complexo anexo à Estação Cabo Branco.
"A área é pelo menos quatro vezes maior que a da Usina Cultural Energisa, de modo que pudemos incluir duas ou três obras de cada um dos 34 artistas que participaram do intercâmbio", explica Dyógenes.
Nas palavras do curador, a primeira exposição foi uma "amostra grátis", um "café pequeno" da série de desenhos, pinturas, objetos, instalações, fotografias e gravuras que podem ser vistas até o dia 5 de maio na Estação das Artes.
A exposição é uma espécie de relatório das duas décadas de um intercâmbio que começou em 1992, com uma mostra que percorreu o Nordeste desde a Paraíba.
A previsão de Dyógenes Chaves é que a retomada deste marco na relação entre artistas plásticos brasileiros e franceses continue ao longo do ano.
"Marselha é a capital europeia da cultura em 2013 e a expectativa é que o projeto seja encerrado em uma solenidade na embaixada, com o lançamento do catálogo desta exposição.
A Aliança Francesa também vai realizar um colóquio sobre as similitudes culturais entre Brasil e França, este ano", avisa Dyógenes Chaves.
Os eventos ainda não têm data prevista e vão depender de variantes econômicas, dado o contexto de instabilidade que as economias do continente europeu atravessam. "Atualmente, vivemos uma realidade oposta da que tínhamos em 1992, quando as políticas culturais eram ainda incipientes no Brasil e bastante avançadas na França", pondera o curador. "Hoje, é muito mais fácil trazer um artista francês para o Brasil, com dinheiro brasileiro, do que o contrário. Diante das dificuldades, estamos tentando fazer o papel da arte, que é o de se adaptar ao presente para lidar com o futuro", conclui.
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