Síria evita novo ataque

O Exército da Síria evitou ontem um ataque rebelde ao aeroporto internacional de Aleppo, deixando mortos a maioria dos insurgentes, de acordo com a agência de notícias Sana. O domínio do terminal aéreo é uma das tentativas de controle de poder da segunda maior cidade síria, que começou há duas semanas.

Em comunicado, a agência estatal informou que "terroristas mercenários" tentaram entrar no aeroporto, mas foram mortos pelos militares. Não foram informados o número de mortos na ação. O Exército Livre Sírio confirmou a ação, mas não forneceu maiores detalhes.

Os ataques aéreos de forças do regime sírio continuaram em Aleppo hoje. De acordo com um repórter da agência France Presse, uma padaria foi bombardeada no bairro de Tariq al Bab, uma das regiões ocupadas por rebeldes, deixando mais de dez mortos, incluindo três crianças, e 20 feridos.

O projétil de armamento pesado caiu no local enquanto moradores da região faziam compras para a refeição noturna que dá fim ao jejum diurno durante o mês sagrado do Ramadã. Os combates também continuam em Salaheddin, de acordo com grupos de oposição, um dia após tropas do regime retomarem o controle da área.

O Exército Livre Sírio disse, através de um porta-voz, que não abandonará o bairro, apesar dos bombardeios de tropas do regime na área. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, informa que as regiões de Sahur e Hanano, também na cidade, também são atacadas pelo regime.
No bairro de Hanano, quatro bombas lançadas por um avião MIG-21 atingiram o pátio da sede do ESL e um edifício residencial, deixando vários feridos.

REFUGIADOS
A Organização das Nações Unidas informou ontem que 150 mil sírios pediram refúgio em países vizinhos desde o aumento dos combates na cidade de Aleppo, após o dia 18 de julho. Na data, um atentado reivindicado pelos opositores deixou quatro membros do regime de Bashar Assad mortos. O total inclui 50.227 refugiados na Turquia, onde mais de 6.000 chegaram somente nesta semana. De acordo com o porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Adrian Edwards, houve aumento significativo de sírios em território turco vindo da região de Aleppo.