ECONOMIA
PB tem 6,6 mil entidades no Terceiro Setor e segmento tende a crescer
Somente no que se refere à assistência social havia 471 unidades e, em relação à religião, eram 891 em 2005.
Publicado em 13/06/2010 às 7:53
Do Jornal da Paraíba
Embora não haja números consolidados que reflitam a atuação do terceiro setor na Paraíba, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o panorama das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil), segundo as unidades de Federação. Na Paraíba, foram computadas 6.603 unidades locais no ano de 2005.
A pesquisa As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil (Fasfil), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativa ao ano de 2005, traça um perfil das unidades da Federação quanto à classificação das entidades sem fins lucrativos e faixas de pessoal ocupado assalariado.
Na Paraíba, somente no que se refere à assistência social havia 471 unidades e, em relação à religião, eram 891 em 2005. A pesquisa foi feita pelo IBGE e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Gife e a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong). Há cinco anos, existiam oficialmente no Brasil 338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos.
Ainda conforme a Fasfil, a distribuição das fundações segue a da população da região. O Sudeste concentra 42,4% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos e é a região onde estão 42,6% dos brasileiros. O Nordeste aparece em segundo lugar com 23,7% das instituições e uma população correspondente a 27,7% dos habitantes do país.
As dificuldades de estruturação são comuns na história das entidades, principalmente quando não existem projetos fundamentados e sustentados por empresas privadas ou mesmo instituições públicas. É o que acontece com o Instituto de Meio Ambiente e Ações Sociais (Imaas) que, apesar de ter sido fundado há três anos, formou um corpo de representantes somente no ano passado, quando as atividades começaram a deslanchar.
O objetivo da entidade é desenvolver ações sociais de defesa do meio ambiente. Ainda não existem nem voluntários, mas as poucas pessoas engajadas já desempenham suas funções junto a comunidades como Costinha, no município de Lucena. “Há um ano atuamos com trabalhos de preservação ambiental em parceria com a população da área. Estamos em fase de elaboração de projetos e ainda não recebemos recursos para manter um corpo de funcionários”, explica o presidente, Romilson Costa.
Um fator que gerou grandes impedimentos para o crescimento do terceiro setor foi a crise econômica mundial, já que muitos projetos são financiados por empresas multinacionais. De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornalista e criador do Prêmio Bem Eficiente Stephen Kanitz, das 500 maiores empresas brasileiras, somente 100 são consideradas parceiras do terceiro setor e das 250 multinacionais com ramificações no país apenas 20 contribuem com a causa.
Comentários