POLÍTICA
Governador diz não ter como dar bom reajuste a servidores
Segundo Ricardo Coutinho, reajuste será adequado a capacidade financeira do Estado.
Publicado em 04/01/2013 às 6:00
O reajuste salarial que está para ser anunciado pelo governo do Estado deve frustrar as expectativas do funcionalismo. Segundo o governador Ricardo Coutinho (PSB), o Estado não tem como dar um reajuste maior que a sua capacidade financeira. “O Estado vai fazer o máximo que pode para dar um reajuste digno para os servidores”, afirmou o governador.
Em entrevista ontem ao JORNAL DA PARAÍBA, o governador revelou que ainda não tem uma data definida para anunciar o reajuste. Ele disse que está avaliando com a equipe econômica o cenário da economia brasileira para só então definir os percentuais. “Eu preciso ver qual o cenário que se estabelece. Enquanto não tiver uma visão da situação eu não anuncio nenhum número”, frisou.
No ano passado, o governo deu um aumento geral de 3% para o funcionalismo. No entanto, algumas categorias, como os policiais, professores, profissionais da saúde, dentre outras, tiveram reajustes diferenciados, que segundo o governador, chegaram a índices de até 45%. Ele disse que agora em 2013 o Estado não pode dar um aumento que comprometa o equilíbrio fiscal. “Eu não posso dar nenhum reajuste que esteja acima da capacidade do Estado. Eu não vou negociar o equilíbrio do Estado em hipótese alguma”, disse o governador.
Ele revelou que o Estado já compromete 50% da receita corrente líquida com a folha de pessoal, estando, portanto, acima da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Nós só daremos o que for possível”, destacou Ricardo. Ele esperava fazer o anúncio ainda em dezembro, mas preferiu esperar pelos novos números da economia do país.
Ricardo rebateu as críticas de que o governo não dialoga com as lideranças que representam os servidores. “Todas foram recebidas pelo governo. O governo não é o governador, o governo é um todo. Você imagine se o ex-governador Maranhão, o ex-governador Cássio fossem efetivamente receber todas as categorias. Você imagine se a presidente Dilma pegasse a agenda e fosse receber as categorias. Ela tem pessoas para isso. O que se tenta fazer é uma disputa pequena em torno disso”.
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