Morte de Rebeca faz 1 ano sem elucidação

Como fazia todos os dias, a adolescente Rebeca Cristina, então com 15 anos, acordou cedo, se arrumou, colocou a farda e foi ao Colégio da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Antes mesmo de chegar à instituição, a garota foi abordada por um homem, logo após estuprada e assassinada com um tiro de pistola calibre 380 na nuca. O crime aconteceu há exatamente um ano e durante esse período várias perícias e oitivas foram realizadas, porém nenhuma delas levou ao verdadeiro autor do crime que chocou a Paraíba.

Conforme o delegado Marcos Paulo Vilela, titular da Delegacia de Homicídios da capital, há 15 dias a polícia aguarda a liberação dos resultados de exames de DNA realizados em dois homens apontados em depoimentos como suspeitos de ter praticado o crime.

“A mãe da vítima me ligou e disse que esse homem teria informações sobre o crime. Ele veio à delegacia, foi interrogado e apontou um cabo da Polícia Militar como suspeito de ter assassinado a Rebeca. Solicitei que fosse colhido o material genético dos dois, e eles cederam espontaneamente”, explicou o delegado, que conduz as investigações.

O cabo da Polícia Militar também prestou depoimento e negou qualquer envolvimento no estupro e morte da menina. “O cabo negou e até disse o porquê dessa pessoa o ter denunciado. Pela oitiva prestada por ele, eu acredito realmente que ele não tenha nada a ver com o crime. Nenhum deles tinha qualquer contato com a Rebeca ou com a família dela”, disse Marcos Paulo, ressaltando que o laudo do exame deve ser emitido em aproximadamente cinco dias.

Em um ano, o inquérito já acumula dois volumes, totalizando aproximadamente 450 laudas entre depoimentos, perícias, entrevistas e provas técnicas. Em relação ao caso, foram realizadas 30 perícias, 50 pessoas interrogadas e 10 exames de compatibilidade genética realizados.