POLÍTICA
Mais de 1,8 milhão pedem segundo referendo no Reino Unido
Petição foi criada após votação apertada que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Publicado em 25/06/2016 às 11:53
Mais de 1,8 milhão de pessoas assinaram um documento pedindo a realização de mais um referendo sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE). O texto foi publicado no site do Parlamento da Grã-Bretanha. Segundo os últimos dados, o documento já foi assinado por 1 milhão e 851 mil pessoas; para ser apreciada pelo Parlamento, uma petição deve ter pelo menos 100 mil assinaturas.
“Solicitamos ao governo que aplique o direito, segundo o qual quando os votos a favor ou contra a saída da UE somam menos de 60%, no caso de um comparecimento menor de 75% às urnas, deve ser feito mais um referendo”, diz a petição, que vem sendo compartilhada pelas redes sociais.
Outro documento, com pedido de reconhecer a independência de Londres do resto da Grã-Bretanha e de adesão da cidade à UE, foi publicado no site change.org e encaminhado ao prefeito da capital inglesa, Sadiq Khan. Essa petição já foi assinada por 99 mil pessoas.
Segundo dados oficiais, 51,9% dos britânicos votaram no referendo - popularmente conhecido como 'Brexit' - de quinta-feira (23) pela saída do país da União Europeia. A opção pela saída da União Europeia, o 'Leave', venceu o 'Remain' ('permanecer') com quase 51,9% dos votos.
Opção pelo 'Leave' provoca tumulto econômico e político
O resultado do referendo provocou um caos no mercado britânico, com a Libra, a moeda britânica, sofrendo uma queda de 7% - a pior registrada desde 1985. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que apoiou a permanência do país no bloco, anunciou que vai deixar o cargo em outubro.
A Escócia, que registrou 62% dos votos a favor da permanência na União Europeia, já considera como certa a realização de um referendo para a saída do país do Reino Unido. "Penso que um referendo sobre a independência agora é muito provável", disse a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon. Uma consulta sobre a independência do país já havia sido realizada em 2014, com resultado a favor da permanência no Reino Unido.
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