VIDA URBANA
Polícia aguarda laudos de incêndio na capital
Polícia ainda aguarda resultados de perícias para poder dar seguimento ao inquérito, delegado titular da 12ª Delegacia Distrital, na capital.
Publicado em 09/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 16:27
Passados 6 dias após o incêndio que tomou conta do depósito do Supermercado Pão de Açúcar, no bairro do Bessa, em João Pessoa, ainda não há um posicionamento conclusivo de nenhum órgão que aponte as causas do incidente. De acordo com o delegado titular da 12ª Delegacia Distrital, Giovani Giacomelli, a polícia ainda aguarda resultados de perícias para poder dar seguimento ao inquérito. A assessoria de imprensa do supermercado emitiu nota informando que, por sua vez, quase todas as adequações com relação às normas de segurança haviam sido feitas antes do incêndio, restando apenas a pressurização do sistema de hidrantes.
Segundo Giacomelli, a Polícia Civil instaurou um inquérito no dia seguinte ao ocorrido. Porém, para dar seguimento ao processo, é necessário a conclusão dos laudos por parte do Instituto de Polícia Científica (IPC), do Corpo de Bombeiros e da vistoria solicitada à Energisa para poder caminhar. “Eu só posso afirmar que o IPC já realizou a perícia, só que eles precisam fazer uma separação do que foi apurado, a formulação de um laudo, para poder ver se houve ou não algum crime no caso do incêndio”, explicou.
O delegado enfatizou que o trabalho da Polícia Civil está sendo desenvolvido no intuito de averiguar se houve ou não crime no incêndio que tomou conta de todo o depósito do supermercado, deixando 24 vítimas de intoxicação devido à inalação de fumaça.
No início desta semana o Corpo de Bombeiros emitiu uma declaração através do tenente-coronel Nazareno de Oliveira, responsável pelo caso, informando que o supermercado estaria dentro de um prazo para corrigir possíveis problemas que teriam sido encontrados em uma vistoria efetuada em abril desse ano. Com relação a isso, a assessoria do Pão de Açúcar encaminhou uma nota informando que parte das adequações já tinham sido feitas, faltando apenas a pressurização do sistema de hidrantes.
Segundo informações da assessoria, o sistema de hidrantes do local atualmente é abastecido por gravidade, ou seja, uma caixa d'água fornecia a água para o sistema, porém tinha sido requisitada uma modificação para o sistema de pressurização.
Para essa modificação, seria necessário a formulação de um projeto que estava sendo elaborado, porém isso não implica em dizer que o prédio não possuía sistema de combate a incêndio.
Ainda de acordo com a assessoria e de acordo com o que o Corpo de Bombeiros informou, tão logo essa instalação fosse concluída, uma nova vistoria seria agendada com o Corpo de Bombeiros.
De acordo com o tenente-coronel Nazareno de Oliveira, nada do que foi encontrado deu a entender que as adequações que ainda restavam a serem feitas possam ter ocasionado agravo ao incêndio, porém ele reiterou que qualquer conclusão só será divulgada após a finalização do laudo, que acontecerá em um período de 30 dias, a contar do dia do ocorrido.
Com relação ao laudo também solicitado pelo delegado Giovani Giacomelli à Energisa, a assessoria de imprensa do órgão informou que a solicitação foi recebida na última segunda-feira e esta ainda se encontra em fase de análise.
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