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VIDA URBANA

Policiais têm rotina de riscos nas ruas

Publicado em 29/12/2013 às 8:00


As cicatrizes no braço direito não deixam o agente de investigação da Polícia Civil Thyago Medeiros esquecer o dia 1º de agosto deste ano, quando foi designado para uma operação no município de Serra Redonda, no interior da Paraíba. Aos 28 anos, Thyago teve de se afastar do trabalho e trancar o curso de Direito para se recuperar do tiro que o fez perder dois dedos. O agente de investigação faz parte de uma lista de policiais que se ferem ou morrem em confrontos com bandidos na Paraíba. Este ano, conforme levantamento da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds), três policiais morreram e outros 12 ficaram feridos em confrontos.

A rotina do policiamento ostensivo coloca em risco a vida de quem tem a missão de garantir a segurança da sociedade. O preço de ter escolhido a profissão é uma alta carga de estresse e adrenalina, que podem resultar em morte. Apesar de tudo que vem enfrentando, Thyago pode dizer que teve sorte. A arma que portava no dia da operação acabou aparando o tiro da espingarda do bandido e o livrou de consequências mais drásticas. O alvo do mandado de prisão era um homem suspeito de cometer vários latrocínios e estupros, além de agressão a idosos, na região.

O agente passou sete dias internado no Hospital de Trauma em Campina Grande e hoje, 4 meses depois, faz acompanhamento psicológico e fisioterapia semanal na esperança de recuperar o movimento da mão. O nervo radial do braço ficou comprometido devido aos estilhaços da bala. A cirurgia foi feita em hospital particular, com ajuda de colegas de profissão que se solidarizaram com a situação de Medeiros. O receio dele era que a demora na rede pública causasse ainda mais problemas, uma vez que policiais feridos não recebem nenhum tipo de tratamento diferenciado no Sistema Único de Saúde (SUS).


O policial gasta, por mês, aproximadamente, R$300 com medicamentos e precisa da segunda cirurgia reparadora.

Enquanto se recupera, Thyago evita sair de casa, por ter medo de ser assaltado. E quando sai, não leva a carteira funcional (a qual o identifica como policial), por receio de ser reconhecido.
Segundo ele, a Secretaria de Segurança e Defesa Social tem dado assistência, que inclui locomoção e medicamentos. Mas quando há atrasos nos remédios, sobretudo no antidepressivo, o agente é acometido de tonturas e irritação excessiva.

Thyago ingressou na Polícia Civil em maio de 2011, após ser aprovado em concurso público. Mesmo depois do tiro, não pensa em desistir da profissão. “É um trabalho difícil, de risco, mas não penso em largar”, comentou. Ele contou que toda vez que saía de casa para alguma operação, a mãe rezava e não dormia até seu retorno.

Como toda mãe, dava conselhos ao filho e pedia para ele ter cuidado.

Sobre a situação de Thyago Medeiros, a Secretaria da Segurança e da Defesa Social informou, através da assessoria de imprensa, que o policial civil foi e continua sendo amparado pela secretaria, inclusive para a compra de medicamentos, atendimento psicológico e locomoção para tratamento.

Em relação à cirurgia, a secretaria informou que o procedimento foi devidamente providenciado junto à Secretaria Estadual de Saúde para ser realizado pela rede pública, mas por opção do policial, foi feito na rede privada.

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Jornal da Paraíba

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