POLÍTICA
Oposição já fala em propor acareação entre Lina e Dilma
Álvaro Dias disse que aprovação da medida será 'batalha campal'. Ex-secretária da Receita Federal tenta provar suposto encontro com Dilma.
Publicado em 14/08/2009 às 12:58
Do G1
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou nesta sexta-feira (14) que a oposição planeja propor uma acareação entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A medida seria adotada depois do depoimento de Lina, marcado para a próxima terça-feira (18) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
"Claro que a acareação seria uma batalha campal para conseguir aprovar. Mas a oposição vai cumprir o dever de propor, caso as explicações da ex-secretária da Receita Federal deixem margem para isso", disse Dias.
A ex-secretária da Receita Federal afirmou que teria participado de uma reunião com Dilma para tratar de investigações sigilosas do órgão sobre os negócios da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
No suposto encontro, a ministra teria pedido que órgão agilizasse investigações contra empresas da família Sarney. Dilma nega que o encontro tenha ocorrido, mas a ex-secretária mantém a versão de que as duas se encontraram. A acareação seria proposta na CCJ.
O senador tucano também defendeu a análise das fitas do sistema de vigilância do andar onde ficava o gabinete da ministra da Casa Civil no Palácio do Planalto. Confrontado com o argumento de que a concessão das fitas à oposição poderia ser caso de segurança nacional, Dias alfinetou: "Mentir tem sido uma constante questão de segurança nacional."
Sarney
Álvaro Dias também voltou a defender a saída do presidente do Senado, José Sarney, do comando da Casa. Para ele, a pressão em torno do afastamento do peemedebista não diminuiu. "O PSDB mantém a postura inicial de dizer que o presidente Sarney não tem condições políticas de presidir a Casa", avaliou.
O senador do PSDB também falou em "obstrução seletiva" à pauta do plenário, como forma de pressionar Sarney a deixar o cargo. "Podemos analisar o que deve ser votado e o que pode ser barrado no plenário", argumentou.
Na semana passada, o presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou todas as 11 acusações contra Sarney. A oposição recorreu dos arquivamentos.
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