COTIDIANO
Lutador é preso durante velório da esposa em CG
Homem teria forjado suicídio da esposa.
Publicado em 13/01/2012 às 8:00
Os moradores do maior bairro de Campina Grande, as Malvinas, ficaram perplexos ontem com o desfecho da morte da jovem Gabriele de Farias Alves, 21 anos. O companheiro dela e lutador de jiu-jitsu, Tiago Pereira Fernandes, 25 anos, conhecido como 'Monstro', foi preso em flagrante ontem à tarde pela Polícia Civil, acusado de ter assassinado a vítima e simulado um suicídio dela. A prisão aconteceu enquanto o suspeito participava do velório de Gabriele, em um cemitério particular.
A jovem foi encontrada morta, na última quarta-feira, dentro do banheiro da casa, na rua das Umburanas, nas Malvinas, com uma corda no pescoço. A princípio, os familiares da vítima imaginaram que ela teria cometido suicídio. No entanto, o laudo da Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) revelou que Gabriele Farias morreu vítima de asfixia, e encontrou lesões na região do pescoço, braços e pernas, segundo a polícia. Nas unhas da vítima, ainda foram encontrados vestígios de pele, que indicariam que ela tentou se defender antes de morrer.
Com o laudo do Gemol e com base no relato de vizinhos do casal que, segundo a polícia, disseram que existia desentendimentos entre os dois, os policiais prenderam Tiago Fernandes. Em depoimento, ele negou que tenha cometido o crime. Mas, de acordo com o delegado Francisco de Assis Silva, da Delegacia de Homicídios, nos braços do acusado foram encontrados arranhões e o nó da corda usada para amarrar o pescoço da vítima era do tipo 'marinheiro'.
“O nó da corda não é característico de quem comete suicídio. Ele mesmo, em depoimento, admitiu que ela não seria capaz de dar o nó daquela forma. Ele foi preso em flagrante porque há muitos elementos que indicam que ela não cometeu suicídio, mas foi morta. Agora vamos pedir um exame de DNA, apenas para confirmar os indícios”, relatou.
O tio da vítima, Alexandre Douglas Farias, disse que a família estranhou a tese de suicídio “porque ela era sempre muito alegre e não dava sinais de depressão. E ele durante o velório ficou muito distante. Aí quando a polícia chegou para prendê-lo percebemos que havia algo estranho”, contou.
O casal convivia há pouco mais de 2 anos e tinha um filho de um 1 e 4 meses. Depois de ser ouvido, o acusado foi encaminhado para a carceragem da Central de Polícia e deverá ser levado hoje para o presídio do Serrotão.
O advogado dele, Bruno Cadé, nega que ele tenha cometido qualquer tipo de crime. “Não há nenhum histórico de agressão e nosso constituinte é inocente", ressaltou.
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