CULTURA
Os sotaques de Ana Cañas
Cantora, cujo sobrenome não nega sua ascendência espanhola, visita as origens em seu terceiro disco 'No quiero tu besos'.
Publicado em 25/10/2012 às 6:00
Ana Cañas não é tão poliglota quanto as canções de Volta (Som Livre, R$ 25,90), seu terceiro disco, fazem parecer: no repertório em que se arrisca por inéditas e releituras em quatro idiomas, a cantora e compositora paulista chegou a escrever em francês, língua que não domina inteiramente.
Nada que o 'São Google' não resolva: "Foi uma experiência nova compor em francês. Para isso, utilizei o recurso do 'Google Translate' para começar a escrever a letra. Depois, passei por uma revisão com uma pessoa que tem fluência", confessa Cañas, que surpreende com o acento fiel de 'La vie en rose', cantarolada ao som de um baixo acústico, e com 'L'amour', uma das inéditas que integram o CD.
A cantora, cujo sobrenome não nega sua ascendência espanhola, visita as origens em 'No quiero tu besos': "Adoro cantar em espanhol e foi muito bacana compor nesta língua, a da minha família. A compositora que é parceira nesta composição comigo é mexicana (Natalia Lafourcade)".
Além de interpretar e compor, Cañas mostra que não é só mais um rostinho bonito da nova MPB produzindo o álbum, que foi gravado em um sítio isolado em Várzea Grande (RJ), em parceria com o baixista Fábio Sá e a guitarrista Fabá Jimenez. Cañas ainda divide com Jimenez o violão em registros que reservam especial atenção às cordas.
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