COTIDIANO
PB tem 18 ataques a agências bancárias este ano
Levantamento mostra que Bancos na Paraíba já sofreram 18 ataques, sendo 25% deles na capital; Secretaria de Segurança contesta números.
Publicado em 18/05/2012 às 6:30
O Mapa da Violência contra Bancos na Paraíba deste ano, divulgado pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba, mostra que de 1º de janeiro a 9 de maio já foram contabilizadas 18 ocorrências em 12 cidades do Estado. Contudo, mais de 25% dos crimes aconteceram em João Pessoa. O caso mais recente foi em um caixa eletrônico de uma agência bancária no bairro do Valentina Figueiredo, na capital.
O levantamento revela ainda que nos cinco primeiros meses do ano foram registradas nove explosões a caixas eletrônicos, quatro arrombamentos, três assaltos e duas “saidinhas de banco”. Em 2011, foram registradas 72 ocorrências. Os dados foram levantados a partir de notícias na imprensa, segundo informou o diretor do sindicato, Otávio Ivson.
A Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds) contesta os números e informa que os crimes contra bancos teriam apresentado queda este ano. Segundo a Seds, foram contabilizados 12 crimes desse tipo e uma tentativa este ano, enquanto nos três primeiros meses de 2011 foram registrados 20 casos e cinco tentativas, o que representaria uma queda de 40% nos índices dessa modalidade de crime na Paraíba.
A Promotoria de Justiça do Consumidor do Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil público para investigar a responsabilidade civil e penal dos bancos pela segurança de trabalhadores e clientes. Na última terça-feira, o promotor do Consumidor, Glauberto Bezerra, participou em Brasília de uma audiência pública, na Câmara dos Deputados, para discutir o assunto.
Segundo ele, as estatísticas sobre crimes contra bancos são preocupantes, mas no quesito segurança bancária o poder público está fazendo bem o seu papel.
“O banco é uma atividade de risco e por isso deve tomar medidas de precaução para proteger os trabalhadores e os consumidores. A segurança humana é obrigação de todas as empresas”, destacou Glauberto.
Ainda segundo o promotor, os bancos precisam devolver à sociedade em forma de investimentos parte dos lucros que obtêm com transações financeiras.
Ele cobra também a instalação de equipamentos que promovam maior conforto e dignidade para clientes e funcionários, como construção de banheiros diferenciados para mulher e homem e a instalação de setor de atendimento ao idoso apenas no térreo das agências.
A audiência pública realizada na Câmara dos Deputados contou também com a participação do presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, o deputado Efraim Filho; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho; o diretor de fiscalização de produtos controlados do Exército Brasileiro, General Waldemar Barroso Magno Neto; o presidente do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros, coronel Nazareno Marcineiro; e o presidente da Associação Brasileira dos Sindicatos e Entidades de Segurança Privada, José Adir Loiola.
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