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ESPORTES

Auto Esporte e Federação Paraibana em crise

Baseada em liminar que suspende a eleição do Auto Esporte, FPF decidiu pela intervenção, presidente do clube diz que medida é ilegal.

Publicado em 04/02/2012 às 6:30

A presidente da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes, se reuniu ontem com o departamento jurídico da entidade e decidiu anunciar uma intervenção no Auto Esporte, que desde esta quinta declarou guerra contra a entidade máxima do futebol paraibano. A FPF se baseia numa liminar expedida pelo juiz Antônio Júnior, da 2ª Vara Regional de Mangabeira, que suspendeu os efeitos das eleições no clube.

Assim, a diretora jurídica da Federação, Socorro Leite, diz que o “clube está acéfalo” e, portanto, em situação irregular. Segundo ela, a FPF estaria com a intervenção apenas retomando a legalidade no chamado Clube do Povo.

“O Auto Esporte não tem hoje nenhum representante legal para assinar qualquer documento.Por isto, baseado no Estatuto da Federação Paraibana de Futebol, vamos nomear um gestor temporário para que este regularize a situação do clube junto à FPF e à Confederação Brasileira de Futebol”, declarou.

Socorro Leite diz que a intervenção será uma “medida administrativa legal” e que está faltando apenas definir o nome do interventor.

“Existem muitos nomes competentes que poderão ser escolhidos como interventor. Mas vamos analisar com calma e só deveremos anunciar um nome na próxima segunda-feira”, prosseguiu.

O presidente do Auto Esporte, Watteau Rodrigues, rebateu a presidente da FPF. O dirigente do Clube do Povo se disse tranquilo quanto às ameaças, porque para ele, a mandatária do futebol paraibano não tem autoridade para interferir em uma entidade que tem as suas próprias leis.

“Ela manda nas pessoas dela. Aqui no Auto Esporte, ela não manda. Ela não tem autoridade nenhuma para interferir numa entidade que tem uma Constituição própria, seu Conselho Deliberativo”, declarou.

Ainda segundo Watteau, a presidente da FPF não tem poderes e tampouco uma base legal para propor alguma intervenção no Auto Esporte. Para o dirigente alvirrubro, Rosilene Gomes “está assassinando o Direito”.

“Esse estatuto (da Federação Paraibana de Futebol) que ela diz se basear, deve ser da época de Getúlio Vargas. Ela não tem nenhuma base legal para fazer o que pretende e se ousar fazer isso terá que responder civil e penalmente”, ameaçou o alvirrubro.

Watteau ainda desafiou a presidente da FPF a provar a existência dessa liminar que suspende a última eleição para a executiva do Auto, que aconteceu no dia 8 de dezembro do ano passado.

“Essa liminar não existe. Eu desafio qualquer pessoa a provar a existência dessa liminar. O Auto Esporte nunca foi citado para comparecer à Justiça”, resumiu Watteau, ao lado do diretor jurídico José Caitano.

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Jornal da Paraíba

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