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VIDA URBANA

Orla de João Pessoa tem catação preventiva contra o caramujo africano

Prefeitura vai fazer um trabalho de combate sistêmico contra o molusco, com a catação do animal e orientação aos moradores.

Publicado em 16/03/2016 às 8:13

As últimas chuvas registradas em João Pessoa ocasionaram o aparecimento de um animal que pode parecer inofensivo, mas é um transmissor de doenças, dentre elas a meningite: o caracol africano. Geralmente escondido em áreas que contenham mato e lixo, basta um ambiente mais frio para que ele saia dos seus esconderijos e se transforme em um perigo para a população em geral. Para conter a proliferação do molusco, a Prefeitura de João Pessoa, por meio de vários órgãos, passará a fazer trabalhos de combate sistêmico, com a catação do animal e orientação dos moradores.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, Sílvio Ribeiro, a estação do ano em que estamos, o verão, não é propícia para o aparecimento de caracóis, mas frequentemente tem-se observado sua presença na orla da capital. “Eles têm uma pele muito sensível, então não saem no sol, apenas nas chuvas, quando ele aproveita para sair, se alimentar e reproduzir. Com as chuvas que caíram nas últimas semanas na capital, eles começaram a aparecer na calçadinha, então resolvemos fazer esse trabalho de prevenção, retirando de circulação ou pelo menos reduzindo sua quantidade”, explicou.

Passeando pelas calçadas da orla, além de proporcionar uma imagem nada agradável, os caracóis podem ser transmissores de diversas patologias, sobretudo para crianças. “Tem gente que pega e leva para casa e não tem noção que não está levando só um animal, mas pelo menos várias famílias de caracóis, porque eles são hermafroditas e se reproduzem em grande escala. Crianças também podem pegar o bicho e colocar na boca, o que é muito perigoso”, alertou.

Atualmente, os pontos de maior infestação do bicho na capital são áreas da orla em que tenha vegetação, como em frente à Fundação Casa de José Américo. Contudo, já foram encontrados vestígios dos caracóis africanos em diversos outros bairros da capital. Basta oferta de água e comida para eles se proliferarem. “Eles comem de tudo”, disse Sílvio Ribeiro, que explicou que cada caracol pode chegar a fazer até quatro posturas por ano com 300 a 400 ovos cada uma, o que eleva o alerta para o combate ao animal. “Eles se proliferam rápido, vivem em todo canto, então podem ser transmissores de todo tipo de doença, como a meningite. Não tivemos casos aqui, mas é preciso combater os locais propícios ao seu aparecimento”, complementou.

COMBATE

E o combate ao caracol africano não é uma responsabilidade apenas dos órgãos públicos. Se encontrados em residências ou terrenos privados, é de competência do proprietário tomar medidas para sua extinção. A primeira forma de evitar sua proliferação é mantendo terrenos limpos, para evitar o crescimento de vegetação e aumento de lixo, que podem servir de alimento para o animal.
Em caso de dúvidas ou denúncias de infestação de caracol africano, a população pode entrar em contato com a Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS por meio do telefone 3218-9357.

Entenda um pouco mais sobre os riscos causados pelo caracol africano:

Sobre o caracol:

O caracol africano ou Achatina fulica é hospedeiro de várias espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias como a meningite.

Como infecta o homem:

A meningite causada por A. cantonensis, tipo de verme, começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite.

Índice de mortalidade humana:

Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitas não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma. Até agora não foi notificado nenhum caso de doenças causadas pelo molusco em João Pessoa.

Outras doenças:

Por andar em diversos locais e se deslocar por áreas úmidas e protegidas do sol, como esgotos e galerias, o caracol africano pode ser portador de diversas outras doenças

Imagem

Jornal da Paraíba

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