Bairro de Mangabeira completa 29 anos

O bairro de Mangabeira, considerado o mais populoso de João Pessoa, segundo dados do Censo de 2010, completa amanhã (23), 29 anos de fundação. Mesmo com tantos motivos para comemorar, uma queixa frequente de quem mora no bairro é a insuficiência nos serviços de saúde e também a falta de segurança nos oito conjuntos que subdividem o bairro.

Localizado na zona sul da capital, o bairro de Mangabeira concentra uma das principais áreas comerciais da cidade e é na avenida Josefa Taveira, principal via de acesso do bairro, onde estão instalados os mais diversos estabelecimentos comerciais e também o mercado público do bairro, o segundo maior de João Pessoa.

A feirante Severina Maria Alves vive em Mangabeira desde antes mesmo da criação do bairro e trabalha no mercado desde a fundação, há 20 anos. Ela conta que o fato de trabalhar no mesmo bairro onde mora facilitou a vida na criação dos quatro filhos. “Os meus filhos nasceram aqui e hoje moram e trabalham aqui também. Antigamente ninguém queria morar em Mangabeira e hoje abrir comércio por aqui é difícil”, relata.

Assim como os quatro filhos de dona Severina, muitas crianças e adolescentes em idade escolar frequentam uma das 20 escolas públicas, sendo sete municipais e 13 estaduais, e seis Centros de Referência de Educação Infantil (Crei), número considerado bom pela população. Porém, a mesma satisfação não acontece com os serviços de saúde.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o bairro de Mangabeira conta hoje com 34 equipamentos de saúde, entre Unidades de Saúde da Família (USFs), Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), centros de especialidades odontológicas e um hospital (Ortotrauma). Para atender à demanda, são 55 equipes de saúde da família, cada uma disponível para atender até 3 mil pessoas. “Mesmo com um posto de saúde próximo a minha casa e com o ‘Trauminha’, muitas vezes tenho que ir nos hospitais de outros bairros para ser atendida. A demora no atendimento aqui é muito grande e tem casos que a gente não pode esperar”, reclama Ivoneide Medeiros, moradora de Mangabeira VI.