POLÍTICA
CNBB afirma que igrejas não são 'currais'
Cardeal Raymundo Damasceno, disse ontem que as igrejas não são "currais eleitorais" e não devem influenciar os eleitores.
Publicado em 30/08/2014 às 7:00
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno, disse ontem que as igrejas não são "currais eleitorais" e não devem influenciar os eleitores nas escolhas dos seus candidatos nas eleições de outubro. Dom Damasceno disse que a Igreja Católica não faz "distinção" de candidatos por sua religião, nem pede que os católicos escolham nomes ligados à sua opção religiosa.
"Não fazemos nenhum curral eleitoral. Orientamos, falamos, mas não fazemos comitês eleitorais em nossos templos. A liberdade é fundamental", afirmou.
Questionado sobre a candidatura de Marina Silva (PSB) à Presidência, que é declaradamente evangélica, o cardeal disse que os fiéis são "livres" para escolherem seus candidatos, mas devem fazê-lo de "maneira consciente". Marina aparece como segunda colocada nas recentes pesquisas de intenções de votos e venceria a presidente Dilma Rousseff em um eventual segundo turno.
"O eleitor deve conhecer suas propostas, seu passado, seu projeto de governo. Não fazemos essa acepção de pessoas. Temos que escolher o melhor candidato pensando no Brasil, e não em interesses pessoais ou de grupos", disse.
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