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VIDA URBANA

Júri de Eduardo Pereira pode acontecer em CG

Eduardo Pereira é acusado de ser o mentor do 'estupro coletivo' de Queimadas; cinco mulheres foram violentadas e duas assassinadas.

Publicado em 11/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:14

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, em João Pessoa, deve apreciar amanhã o pedido de desaforamento do julgamento de Eduardo Pereira dos Santos, acusado de ser o mentor da barbárie de Queimadas, no Agreste paraibano, que ficou conhecida como o “estupro coletivo”. Na época, cinco mulheres foram estupradas e duas assassinadas durante uma festa de aniversário. O processo está na pauta marcada para 9h.

No pedido, o julgamento deve ser transferido para a comarca de Campina Grande. Segundo a assessoria da Câmara Criminal, o juiz designado para a avaliar o pedido de desaforamento foi João Benedito, porém ele não poderá comparecer e será representado pelo juiz Ricardo Vital de Almeida, tendo ainda como juízes vogais Luiz Sílvio e Carlos Martins.

O pedido tinha sido feito pela então juíza da 1ª vara criminal de Queimadas, Flávia Batista, alegando que seria perigoso que o julgamento de Eduardo Pereira dos Santos acontecesse no Fórum da cidade. Segundo o chefe do cartório da vara de Queimadas, Luciano Farias, o pedido já deveria ter sido apreciando, mas foi expedida uma liminar determinando o adiamento. Atualmente, quem está à frente da Vara de Queimadas é o juiz Antônio Gonçalves Júnior.

O advogado da família da recepcionista Michele Domingos disse que irá acompanhar a apreciação do pedido de desaforamento. “Houve a liminar que adiou a ação, mas acredito que o pedido será aceito e o julgamento dele deverá ir para Campina Grande”, disse o advogado Francisco Pedro da Silva. Ela foi uma das mulheres assassinadas.

Dos dez envolvidos no “Estupro Coletivo”, Eduardo é o único que ainda não foi julgado. Outros seis homens, Luciano Pereira dos Santos, José Jardel Sousa, Jacó de Souza, Diego Domingues, Luan Barbosa Nascimento, Fernando de França Silva Júnior já foram condenados e estão presos em João Pessoa. Outros três adolescentes acusados estão cumprindo medida socioeducativa no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, no Agreste paraibano.

O CRIME

Na madrugada do dia 12 de fevereiro, homens encapuzados invadiram uma festa que acontecia em uma residência no município de Queimadas, Agreste paraibano, e estupraram cinco mulheres. Duas delas, a professora Izabella Pajuçara, 28 anos, e a recepcionista Michele Domingos, 29, foram raptadas e mortas, porque reconheceram os autores como sendo amigos das vítimas.

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Jornal da Paraíba

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