VIDA URBANA
Mulheres se mobilizam contra violência na PB
Caminhada do grupo de Mulheres e Mães Vítimas da Violência, terminou com coleta de assinaturas para petição pública que cobra mudanças no Código Penal.
Publicado em 09/03/2013 às 6:00
Em alguns momentos as lágrimas foram inevitáveis, mas o luto se transformou em luta durante a caminhada realizada na manhã de ontem, Dia Internacional da Mulher, pelo Grupo Mulheres e Mães Vítimas da Violência, no Centro de João Pessoa. Parentes de vítimas da violência no estado se reuniram em um clamor contra a impunidade e a injustiça.
A caminhada teve início no Parque Solon de Lucena, passou pelo Tribunal de Justiça e se concentrou novamente no Ponto de Cem Réis, onde foram recolhidas assinaturas para uma petição pública que cobra mudanças no Código Penal Brasileiro. O grupo já conseguiu reunir 68 mil assinaturas e espera um milhão para que o documento seja entregue ao Congresso Nacional e sejam estabelecidas leis mais rígidas.
“Queremos manter assassinos frios e cruéis atrás das grades. Eles são presos hoje e, amanhã, estão nas ruas, prontos para matar novamente”, disse a mãe de uma das vítimas. Já Hipernestre Carneiro, mãe da jovem Aryane Thaís, afirmou que a caminhada teve por objetivo dar um basta na impunidade e, consequentemente, assegurar um mundo melhor e mais seguro.
Quase dois anos após o assassinato de sua filha, Tereza Cristina ainda acredita que o crime pode ser desvendado. “A Paraíba quer saber quem matou Rebeca. Eu ainda acredito na Justiça. Todos os dias eu sofro e a dor chega a ser inevitável”, desabafou Tereza Cristina.
A caminhada ainda reuniu militantes da Paz, como o sociólogo Rômulo Araújo. “Nós vivemos uma cultura de violência e precisamos cultuar a paz, isso é um interesse de todos nós. Eu me integrei ao movimento para prestar apoio e solidariedade”, disse o sociólogo.
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