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ECONOMIA

Educação para gerar emprego

Escolas técnicas estaduais da Paraíba chegam para formar mão de obra qualificada para atuar no mercado de trabalho.

Publicado em 24/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 12:02

Consultores de mercado de trabalho são unânimes ao afirmar que há emprego, mas faltam candidatos qualificados para ocupar as vagas. Do outro lado, estão jovens, ansiosos para conseguir a primeira oportunidade no mercado, mas que esbarram na falta de experiência. As escolas técnicas estaduais da Paraíba chegam exatamente para amenizar essa situação, formando mão de obra qualificada para as empresas. Sete mil vagas serão oferecidas em todo o Estado.

Na avaliação de Fábio Sinval, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), as escolas técnicas são importantes para preencher a lacuna existente no mercado de trabalho. A construção civil, atualmente, é a que mais carece de profissionais qualificados. “Já temos instituições que oferecem cursos profissionalizantes, no entanto não são de ensino médio. Essas escolas técnicas que estão em construção na Paraíba vão representar um impacto direto na geração de emprego”, declarou.

Ainda de acordo com Sinval, a Paraíba tem motivos para comemorar. “Não adianta apenas ensinar sem ter uma profissão, a chegada dessas escolas vai melhorar e muito o mercado de trabalho como um todo, não apenas no setor da construção civil”, explicou o presidente. “O Brasil passou muito tempo sem investir na educação profissional, mas agora começou a despertar”, frisou.

As escolas técnicas estaduais estão sendo construídas em João Pessoa, no bairro de Mangabeira; Bayeux, na avenida Liberdade; em Mamanguape, em Cuité, Cajazeiras e em São Bento. A distribuição das escolas vai permitir a estudantes de todas as regiões do Estado o ensino médio integrado à educação profissional. Em cada unidade, o investimento médio é de R$ 7,2 milhões, o que representa o total de R$ 43,2 milhões.

ENSINO MEDIO E MERCADO

De acordo com o Ministério da Educação, estudos apontaram a perspectiva de integração das políticas para o ensino médio e para a educação profissional, tendo como objetivo o aumento da escolarização e a melhoria da qualidade da formação do jovem e do adulto trabalhador. A discussão do MEC sobre as finalidades do ensino médio deu centralidade aos seus principais sentidos, buscando superar a determinação histórica do mercado de trabalho sobre essa etapa de ensino.

Dessa forma, a política de ensino médio foi orientada pela construção de um projeto que supere a dualidade entre formação específica e formação geral, que seja capaz de deslocar o foco de seus objetivos do mercado de trabalho para a pessoa humana, tendo como dimensões indissociáveis o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia. E é para cumprir essa determinação que as escolas técnicas estaduais chegam à Paraíba.

Em seu artigo 39, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) apregoa que a educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Já o artigo 40, por sua vez, estabelece que a educação profissional deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada. O desenvolvimento da habilitação profissional no ensino médio é uma possibilidade legal e necessária aos jovens brasileiros, devendo-se ter assegurada a formação geral.

AULAS PREVISTAS PARA JULHO

Das seis escolas técnicas estaduais em construção, três estão com as obras mais avançadas. É o caso das unidades de Bayeux, João Pessoa e Mamanguape. A previsão é que essas escolas sejam concluídas e entregues à população ainda no primeiro semestre deste ano. As aulas devem começar em julho, após a seleção dos alunos do 2º ano do ensino médio por meio de edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Os alunos que entrarem no segundo semestre farão o curso na modalidade concomitante com duração de um ano e meio. Os que ingressarem nas escolas técnicas no ano letivo de 2015 farão o ensino médio integrado à educação profissional, com duração de três anos, também por meio de seleção, a qual será feita nos moldes da que é realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Cada uma das escolas receberá 1.200 alunos.

Na opinião do professor Agostinho Andrade, diretor-adjunto do Liceu Paraibano, as escolas técnicas estaduais serão uma alternativa para os jovens que desejam a profissionalização ainda no ensino médio. “É uma ótima oportunidade de se profissionalizar de forma mais imediata e ir para o mercado de trabalho. Uma iniciativa muito válida porque vem para somar”, declarou.

O ensino médio nos moldes que é oferecido no Liceu Paraibano e em outras escolas de nível médio é voltado para alunos que têm como objetivo ingressar no ensino superior. Contudo, vale ressaltar, que o estudante da escola técnica pode ir para a universidade do mesmo jeito. A diferença é que ele estará qualificado para assumir uma vaga no cobiçado mercado de trabalho.

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Jornal da Paraíba

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