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VIDA URBANA

Censo escolar revela redução de matrículas na PB

Este ano, 538.278 pessoas foram matriculadas no ensino fundamental. Em 2010, o número foi de 562.293. A queda percentual ficou em 4,27%. A perda foi de 24.015 alunos.

Publicado em 23/09/2011 às 6:30

Luzia Santos

Os resultados preliminares do Censo Escolar 2011, divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC), revelam redução no número de matrículas no ensino fundamental na Paraíba na rede pública de ensino. De acordo com os dados, este ano, 538.278 pessoas foram matriculadas no ensino fundamental, porém, em 2010, o número alcançou o patamar de 562.293. A queda percentual ficou em 4,27%, o que mostra uma perda de 24.015 alunos.

O Censo 2011 também aponta redução de matrículas no ensino médio (antigo 2º grau). Este ano, foram inscritos 118.826 estudantes, enquanto no passado havia 122.920. A queda ficou em 3,33%, e representa 4.094 alunos a menos em sala de aula.

Um dos aspectos positivos revelados pelo Censo é o crescimento do número de matrículas na educaçãoinfantil, que compreende as fases iniciais da educação, creche e pré-escola. Enquanto que em 2010, havia 89.367 crianças matriculadas, em 2011, há 90.113, um aumento de 0,83% no número de pequeninos em sala de aula.

Para o doutor em educação e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Eduardo Jorge Lopes da Silva, a queda do número de matrículas está diretamente associado às questões sociais. Ele afirma ainda que é preciso não só equipar a escola com computadores e material didático, mas transformá-la em um ambiente com professores motivados e qualificados. “É preciso oferecer cultura, lazer e recreação dentro das escolas de forma pedagógica e atrativa para fazer o aluno querer estar lá”, afirmou o especialista.

Para o professor a redução de matrículas mostra também que o programa Bolsa Família do governo federal ainda não é suficiente para reter o aluno na escola. “Apesar do Bolsa Família ser uma política pública criada para manter o aluno na escola, nos casos em que funciona como única renda da família, ele ainda não é suficiente para reter o aluno na idade obrigatória na escola”, disse Eduardo Jorge.

Segundo assessoria de imprensa do MEC, os dados do Censo ainda podem ser questionados pelas secretarias de educação do Estado e dos municípios. Quem quiser entrar com recurso tem um prazo de 30 dias para pedir as correções.

EDUCAÇÃO DO ESTADO
A Secretaria de Estado da Educação (SEE) foi procurada pelo JORNAL DA PARAÍBA para comentar os dados do Censo. Apesar dos vários telefonemas e até de e-mail encaminhado para assessoria de imprensa, até o fechamento da edição não houve reposta.

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Jornal da Paraíba

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