POLÍTICA
Romero não é problema para aliança com PMDB
Chefe do Executivo campinense frisou que na hipótese de uma aliança com o PMDB, irá seguir a orientação do seu partido.
Publicado em 15/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/06/2023 às 12:24
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), disse ontem que não seria empecilho para uma eventual aliança entre o seu partido e o PMDB nas eleições estaduais deste ano, se a maioria dos tucanos decidir pela coligação. A declaração foi feita durante entrevista, no Ipsem, ao ser indagado sobre uma possível união das legendas, a partir de um encontro esta semana entre os senadores Cássio Cunha Lima (PMDB) e Vital do Rêgo Filho (PMDB), em Brasília. A entrevista ocorreu antes da entrega de cheques para apoio financeiro a eventos religiosos e carnavalescos da cidade.
Todavia, o chefe do Executivo campinense esclareceu que o PSDB, a partir do próximo dia 24, vai começar a se definir sobre as eleições para governador, especialmente se lança candidato próprio ao Palácio da Redenção ou se mantém a aliança com o PSB, do governador Ricardo Coutinho. Na hipótese de marchar em faixa própria, vai abrir as conversações com outras legendas, podendo ser até o PMDB.
“Eu sou muito flexível nisso. Se for uma aliança com o PMDB, numa decisão majoritária do partido, mesmo tendo a divergência local, eu vou acompanhar a decisão do PSDB. Eu não vou de forma nenhuma criar um problema. Eu tenho a compreensão que eu não estou vivendo este momento eleitoral de 2014”, assinalou o tucano.
Ainda na entrevista, ele reconhece que tem uma questão no município com o PMDB, citando o embate eleitoral recente e que poderia trazer algum transtorno. “A eleição é estadual, eu não delibero sobre ela. A decisão que o partido tomar eu sigo. Se for para se coligar com o PT, e se for uma decisão majoritária do partido, eu vou apoiar. Se for o PSOL, PCO, PSB, PSTU ou qualquer partido”, frisou.
Se por um lado existe uma divergência, em Campina, do PSDB com os peemedebistas, por outro, há uma divergência nacional com o PT, lembra Romero Rodrigues. “Se o PSDB, com a concordância de ambos, decidir por uma coligação com o PT na Paraíba, eu estou lá levantando a bandeira mesmo tendo minha divergência, eu não sou problema nisso”, assegurou o prefeito campinense.
Por fim, Romero Rodrigues sustentou que é preciso construir um processo novo na relação política. “A relação é observar o que é melhor para o Estado. Eu não posso compreender que, por conta de Campina, nós vamos criar uma divergência em torno da Paraíba. Se houver consenso e uma posição majoritária qualquer que for do PSDB paraibano, pode contar comigo”, concluiu.
GALDINO DIZ QUE FICA COM RICARDO
Embora ainda acredite na manutenção da aliança do PSB com o PSDB para eleições deste ano, o secretário da Casa Civil, deputado licenciado Adriano Galdino (PSB), disse que, se o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) resolver disputar o pleito para o Palácio do Planalto, não terá seu apoio, visto que seguirá o seu partido, que tem como candidato o governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Defendo a manutenção da aliança entre Ricardo e Cássio, pois é bom para o Estado. Apoiei Cássio desde o início de sua trajetória e nos momentos mais difíceis. Passei a apoiar Ricardo, através do senador. Todavia, vou acompanhar agora meu partido, que tem o governador como candidato à reeleição”, frisou o secretário, para quem um racha entre socialistas e tucanos beneficiaria o PMDB.
Adriano também justificou que Ricardo tem o direito de disputar a reeleição, a exemplo do que fez Cássio quando era governador, José Maranhão (PMDB) e até Cícero Lucena (PSDB), enquanto prefeito de João Pessoa. “Cássio concorreu à reeleição para prefeito de Campina e ao governo do Estado. José Maranhão fez o mesmo e Cícero dois mandatos de prefeito da capital. Acho que Ricardo tem o direito de concorrer à reeleição para que a população faça o julgamento de sua gestão”, justificou.
Ele também defende a postulação de Rômulo Gouveia ao Senado Federal na chapa encabeçada por Ricardo Coutinho. “Não há outra possibilidade dele ser senador pela Paraíba senão numa chapa que tenha o governador Ricardo como candidato a governador. É bom para o Estado ter um senador humilde e que tenha boa ligação com a classe política e é bom para Campina Grande, que talvez seja a única cidade do interior do Brasil que vai ter três senadores”, pontuou Adriano, que confirmou a saída do governo para concorrer novamente a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
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