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CULTURA

A big band de Edu Lobo

Saxofonista Mauro Senise fala sobre o CD do músico carioca com a Metropole Orkest.

Publicado em 05/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 15:03

Quando Edu Lobo chegou a Amsterdã, naquele maio de 2011, não fazia ideia de como uma orquestra holandesa iria acertar a pisada do seu baião. Mas como diria o saxofonista Mauro Senise, essa turma de hoje é antenada e deu tudo certo.

O "tudo certo" é a apresentação que reuniu Edu, Mauro e o pianista e arranjador Gilson Peranzetta com a famosa Metropole Oskest no dia 28 de maio de 2011, no Teatro Beurs Van Berlage, na capital holandesa, registrada em CD que acaba de chegar às lojas pela Biscoito Fino. Desde já, é um dos melhores discos de 2013.

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, Mauro Senine atesta a alta qualidade dos músicos. “Eram todos músicos muito bons, sobretudo o baterista, que era a aflição do Edu. Mas logo no primeiro ensaio, ele já ficou super empolgado”, comenta o músico, que tem um disco só com temas de Edu Lobo (Casa Forte, de 2006), arranjado por Peranzetta.

De tempos em tempos, a Metropole convida um grande nome para uma apresentação na Holanda. De Herbie Hancock, Al Jarreau e Andrea Bocelli, passando pelos brasileiros Egberto Gismonti e Ivan Lins, todos se apresentaram com a tradicional “oskest”, formada em 1945.

Com Edu Lobo, a proposta era gravar um CD. O músico carioca, um dos mais brilhantes da MPB, mesclou alguns stands de seu repertório (‘A bela e a fera’, ‘A história de Lily Braun’, ‘Ode aos ratos’, ‘No cordão da saideira’) com temas recentes (‘Dança do corrupião’), totalizando 14 números, dois deles instrumentais (‘Casa forte’ e ‘Zanzibar’).

O repertório foi escolhido por Edu Lobo, e os arranjos, desta vez, foram feitos por Gilson Peranzetta (e não Cristovam Bastos, seu arranjador e pianista habitual), que os enviou com bastante antecedência para a orquestra ensaiar. “Nós chegamos uns cinco dias antes e ficamos numa cidadezinha que eu não lembro o nome agora, mas que ficava a uns 15 minutos de Amsterdã”, conta.

“Quando a gente chegou lá, já estava todo muito bem ensaiadinho, porque eles são muito bons e muito profissionais”, recorda. “A gente só fez acertar os detalhes. Mas fluiu tudo muito bem, porque a gravação foi um dia apenas”.

A gravação “valendo” aconteceu em noite de casa cheia, com público caloroso, e a regência do jovem maestro inglês Jules Buckley. Edu ficou só nos vocais, enquanto Gilson tocou piano e acordeão, e Mauro se dividiu entre uma flauta piccolo e o saxes alto e soprano.

“Era uma empreitada arriscada essa de gravar tudo numa noite”, admite Senise. “Felizmente, saiu tudo afinado, não teve um vacilo. Os solos são bem quentes e o público delirou. Tudo isso dá uma conotação mais quente do que o Edu normalmente faz, que é muito do estúdio, com aquelas cordas elegantes do Cristovam, super bonitas. Mas ele ficou super feliz”.

Os arranjos de Peranzetta transformam a orquestra numa tremenda big band jazzística, evidenciada, sobretudo, na performance de ‘Lily Braun’, com solos improvisados de primeira categoria (destaque para ‘Vento bravo’ e ‘A bela e a fera’).

“A orquestra tinha 50 músicos no palco”, revela o saxofonista.

“Era aquela formação clássica de big band, com cinco saxofones, cinco trompetes, cinco trombones, piano, baixo e bateria, acrescida de cordas, o que é meio raro de ver. E todos eles improvisavam muito bem”.

Infelizmente, o CD é o único registro em áudio daquela noite, que sai dois anos depois porque a mixagem (feita na Biscoito Fino, no Rio, sob a supervisão de Edu, Mauro e Gilson) e a masterização deram um trabalho danado para finalizar.

“(O DVD) seria bonito porque o lugar era lindo, uma antiga fábrica, com um pé direito bem alto, embora a acústica não fosse muito boa para gente, já que reverberava um pouco. O pessoal da orquestra tocou de fone, para você ter uma ideia”, conclui Senise.

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Jornal da Paraíba

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