Xem Xem: mata é local para assaltos e tráfico

O Parque Estadual Mata do Xem Xem localizado entre os bairros Jardim Aeroporto e Mário Andreazza, no município de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, apesar de ser uma reserva natural já foi palco de crimes.

Por ter uma área de 182 hectares, a área serve como acesso às rodovias BR-230, BR-101, PB-042 e ainda liga Bayeux ao município de Santa Rita. A mata é caracterizada pela formação da floresta subperenifólia costeira com uma fisionomia exuberante. Nessa vegetação associada se encontra a mata de restinga, espécie predominante em solo arenoso. O local se tornou Unidade de Conversação Estadual em 28 de agosto de 2000 a partir do Decreto Estadual n° 21.252.

Apesar dessas qualidades, no Parque Estadual já foram registrados inúmeros assaltos, homicídios, abandono de materiais roubados e a população ainda enfrenta a questão do tráfico de drogas. De junho a outubro deste ano, dois crimes chocaram os moradores da localidade. O primeiro fato aconteceu no sexto mês do ano. Um homem foi morto, amarrado e colocado em uma árvore da mata.

O caso mais recente foi de um adolescente de 13 anos. O corpo foi encontrado com perfurações de bala na cabeça. Transeuntes que passaram pela mata informaram a presença de um corpo e acionaram a polícia. A polícia acredita que o adolescente foi atraído para o local e executado ali mesmo.

As pessoas que circulam por dentro da mata para chegar até o Jardim Aeroporto comentam que os assaltos são constantes, independente do horário do dia. Mesmo assim, a auxiliar de serviços gerais e moradora da localidade Cristiane Batista comentou que se arrisca passar porque o caminho é mais rápido. “Gasto aproximadamente 20 minutos. Se for pegar um ônibus demora mais de 40 por conta da espera na parada”, disse.

Assim como em áreas consideradas violentas, a população que mora nas proximidades da Mata do Xem Xem e na comunidade Paulo Afonso ainda teme revelar os problemas vividos pela população. É o caso do aposentado Josué Cesário, de 65 anos.

Ele informou que o genro tem uma fábrica no Jardim Aeroporto e usa o parque para chegar ao destino. “Ele vai de carro e é rápido. Meu genro nunca disse nada de ruim como assaltos”, afirmou. (Especial para o JP)