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VIDA URBANA

Trabalho começa ainda na infância

Publicado em 08/12/2013 às 8:00

Quase uma regra nos lixões, o ofício como catador de material reciclado passa por várias gerações. A grande maioria iniciou as atividades durante a infância. Muito cedo eles deixaram a escola e começaram a se adaptar às condições de vida destes lugares, expostos aos perigos dos movimentos de caminhões e de máquinas, à poeira, ao fogo, aos objetos cortantes e contaminados, aos alimentos podres, catando e carregando fardos pesados.

Muitas dessas crianças ficam desnutridas e doentes. Sofrem de pneumonia, doenças de pele, diarreia, dengue, leptospirose, febre tifoide. Edna, que foi um destes exemplos, lembra que os filhos também foram criados no meio do lixo, enfrentando a concorrência com outros catadores, sobrevivendo de forma precária, sem estudar e quase sem lazer. “É muito pouco o que a gente tira aqui. Como eu ia mandar meus filhos pra escola? Não tinha condições”, enfatiza.

A catadora ficou grávida oito vezes, mas sofreu dois abortos.

Dos filhos que sobreviveram, apenas as duas mulheres já deixaram de trabalhar no lixão. Os demais, todos homens, continuam na função e já têm filhos seguindo o mesmo caminho. “Continuo trabalhando e meus filhos seguem o mesmo caminho, e os filhos deles é capaz de trabalharem todos dentro do lixão também", frisa.

A catadora Edna diz que sofre dores crônicas nas pernas e nas costas, tem problemas respiratórios sérios e convive com o medo de morrer. “Tem dias que eu fico de cama. Aqui a gente é tudo doente. A gente vive perto da morte, porque a gente come muito resto de comida, e pode ter alimento contaminado. Ainda tem o fato de que a gente vive debaixo de sol forte, ou da chuva.

Tudo ficou mais difícil, aqui a gente tem que pagar frete para levar o material coletado para Campina porque aqui num tem comprador, pelo menos R$ 50 cada frete”, desabafa.

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Jornal da Paraíba

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