Kaká Santa Cruz expõe telas que retratam seus 35 anos de carreira

Carolina Queiroz
Do Jornal da Paraíba

Um olhar sobre o universo e a relação do homem com o cosmo: a exposição ‘Tecnologia de Deus’, do paraibano Kaká Santa Cruz, aberta desde a última sexta-feira (12), mostra um pouco disso.

A exibição promove uma retrospectiva dos 35 anos de carreira do artista, que se divide entre as artes plásticas e a música. Localizada no primeiro pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco, no Altiplano Cabo Branco, a exposição fica aberta até o dia 14 de março, com entrada franca, de terça a sexta-feira, das 9h às 21h; sábado e domingo, das 10h às 21h.

Unindo o figurativo, abstração e paisagem, cerca de 14 telas em técnica acrílico sobre tela e pastel retratam o trabalho do artista paraibano. “Tenho buscado a melhor maneira de expressar meu ponto de vista a respeito do homem e do universo ao longo desses meus mais de 30 anos de estrada como artista plástico”, pontua Kaká Santa Cruz.

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De acordo com Kaká, toda sua obra pictórica representa uma busca. “Uma busca incessante de poder revelar ao público a existência de um ponto de equilíbrio do universo onde o homem possa expressar a sua existência dentro da família do corpo de Deus. Porque o ser humano é muito maior do que o projeto que lhes representam, e eu não acredito em medidas reduzidas quando se trata de estudar e revelar todo o processo científico/ biológico da tecnologia de Deus”, enfatiza.

O trabalho de Kaká é o retrato da liberdade adquirida através de 35 anos de pintura e música, aliadas num mesmo indivíduo. As telas abundam cores e proporcionam ao espectador as expressões deste artista contemporâneo. ‘A dez mil anos luz de lá de casa’, ‘Uma estranha paisagem’, ‘Um dia chegaremos lá’, ‘Muito além da galáxia mais próxima’, ‘A batalha do instinto contra a razão’, são alguns dos temas das obras de arte que Kaká, através de suas revelações espirituais, procura explicar a evolução humana.

Segundo o artista plástico, a arte é uma busca da elevação espiritual, um modo de organizar a mente, o corpo e a alma. “Todas as minhas pinturas são revelações espirituais. Geralmente a forma me vem antes e eu vou à tela e consigo transportá-la. Existem mil formas, mil inteligências que nos acompanham. Eu gostaria muito de poder transmitir aos homens que nós não somos os últimos e nem estamos sozinhos o tempo todo, nem na solidão e nem no conjunto. Tento também exprimir à civilização o que a minha geração tenta construir. Ainda não conseguimos, mas creio que iremos”, garante.