Focos de incêndios preocupam bombeiros

Só nos primeiros 31 dias deste ano já ocorreram 17 focos de incêndio na região metropolitana de João Pessoa. Na maioria dos casos, o fogo foi provocado intencionalmente e destruiu, principalmente, a vegetação da Mata do Buraquinho. Os maiores registros ocorreram em Jacarapé, Cabo Branco e às margens das BR-101 e BR-230, nas proximidades das cidades de Santa Rita, Bayeux e Cabedelo.

Segundo o comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, major Nazareno Oliveira, os incêndios ocorrem principalmente pela imprudência de motoristas e moradores das áreas atingidas. “Os casos acidentais, que são aqueles em que as pessoas jogam cigarros acesos e dão origem ao fogo, são minoria. A maioria mesmo é de incêndio provocado. Ou seja, as pessoas que residem perto da mata costumam capinar o local e atear fogo no lixo”, explica.

Atear fogo em área de preservação ambiental é crime previsto em lei, com penas de multas que vão de R$ 1.600 até R$ 345 mil, segundo a assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa, Patrícia Araújo.

Ela conta que a legislação também proíbe a prática até em propriedades privadas. “As queimadas causam diversos danos ao solo, à atmosfera e à saúde das pessoas. A recomendação é que as pessoas coloquem o lixo domiciliar, nas ruas, em recipientes adequados, para que sejam coletados pelos caminhões”, orienta.

“A Semam disponibiliza dois números à população para receber as denúncias. Precisamos que os denunciantes se identifiquem para que possamos dar um retorno das providências tomadas, mas garantimos o sigilo absoluto”, completa.

Além de danos ambientais, as queimadas provocadas às margens da rodovia podem pôr em risco a segurança dos veículos, porque a cortina de fumaça invade as pistas e pode atrapalhar a visibilidade dos condutores.