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VIDA URBANA

Julgamento do caso Fátima Lopes é adiado para março de 2013

Advogado de defesa, Abraão Beltrão, afirmou que o julgamento devia ser adiado por não ter sido feito intimação formal.

Publicado em 19/12/2012 às 11:47

O julgamento de Eduardo Paredes, acusado de ter matado em um acidente de trânsito a defensora pública Fátima Lopes, foi adiado para o dia 12 de março de 2013. A decisão pelo adiamento foi dada pela juíza Ana Flávia de Carvalho, atendendo a pedido do advogado de defesa, Abraão Beltrão, após ele ter informando que não foi notificado formalmente sobre o julgamento.

O representante do Ministério Público no caso, o promotor Edjacir Luna, afirmou que embora o advogado estivesse presente, deve haver uma intimação para que o advogado seja notificado. “Existe um caráter formal, de ter que ocorrer a intimação. O advogado de defesa afirmou que não se preparou como devia, apesar de ter comparecido ao tribunal. Sob o prisma jurídico há este direito. Além do mais o réu se encontra em prisão preventiva, desta forma não atentando aos interesses sociais”, explicou Edjacir Luna.

O adiamento não foi bem recebido pelos familiares da vítima. A filha de Fátima Lopes, Carol Lopes, afirmou que o novo adiamento foi fruto de mais uma manobra processual da defesa para protelar o julgamento. “Mais uma manobra processual de uma defesa fraca. Não queremos vingança, buscamos apenas a justiça”, desabafou.

Além do pedido de adiamento, que foi acatado pela magistrada, o advogado Abraão Beltrão, afirmou que foi feita uma solicitação de suspensão do julgamento devido a um pedido de desaforamento do júri. Segundo Beltrão, o julgamento deve ser levado para Campina Grande, para que haja um julgamento mais justo.

“Estamos aguardando a decisão acerca do pedido de desaforamento, que na maioria dos processos possui preferência entre os demais pedidos. Não fiz esse pedido de desaforamento ontem ou há dois dias, fiz há aproximadamente 50 dias e ele ainda não foi julgado. Queremos a transferência pois não seria um julgamento justo. Queremos um julgamento onde haja ampla defesa, e não um júri de cartas marcadas", comentou.

O julgamento, que era para ter ocorrido em 31 de outubro, foi adiado para esta quarta a pedido do advogado do réu, Abraão Beltrão, que apresentou atestado médico e não compareceu ao tribunal. Na ocasião, o psicólogo Eduardo Paredes, réu no processo, teve a prisão decretada e aguarda o julgamento preso.

A prisão preventiva dele foi decretada pelo então juiz José Aurélio da Cruz, do 2º Tribunal do Júri, a pedido do promotor Edjacir Luna. Eduardo Paredes permaneceu preso no 5º Batalhão da Polícia Militar. A prisão preventiva do acusado foi decretada porque, de acordo com o Ministério Público, ele descumpriu uma das condições de liberdade condicional. Eduardo Paredes também é acusado de ter matado uma comerciante em um acidente no bairro Mangabeira.

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Jornal da Paraíba

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