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CULTURA

Obra é musa dos artistas visuais

Artistas plásticos paraibanos transpõem a obra de Augusto dos Anjos para as telas. 

Publicado em 06/06/2012 às 6:00

Flaw Mendes, artista visual de Campina Grande, participou, no mês de maio, da 6ª Bienal do Esquisito, em Atibaia (67 quilômetros de São Paulo) com o vídeo da intervenção urbana Metonímia... A Mão Que Afaga, Apedreja, uma ação que ocupou a Praça Augusto dos Anjos com uma réplica em grandes proporções da primeira edição do Eu.

"A intervenção foi de caráter especificamente efêmero e fez um recorte do livro em um contexto visual e urbano", explica Flaw.

"A proposta era denunciar a elipse de um espaço que todo mundo em Campina conhece como 'Praça do Girador', mas que tem um nome significativo para a história paraibana, sobretudo nesta data".

O resultado da intervenção e seu passo a passo podem ser conferidos no blog do artista: www.flawmendes.blogspot.com.

No aspecto da transposição das metáforas de Augusto dos Anjos para as paletas coloridas, não há nome mais notável que o de Flávio Tavares.

O artista plástico tem três principais obras que retratam Augusto: Luz e Sombra, permanentemente exposta na APL; No Reino do Sol, painel que fica no saguão do Salão de Convenções da Estação Cabo Branco; e um retrato do poeta diante da casa do Engenho Pau D'Arco, dependurado no Memorial Augusto dos Anjos, em Sapé.

As imagens são de uma linhagem que começou a ser produzida pelo pai, Arnaldo Tavares, ilustrador, que, de acordo com Flávio, identificava o poeta como "gênio insuperável da Paraíba".

"A consciência gráfica do mundo de Augusto dos Anjos enriqueceu meu vocabulário de pintura", confessa Flávio. "Ele iluminava a tragédia humana com sua linguagem poética e sua visão trágica".

Tanto em Luz e Sombra quanto em No Reino do Sol, Flávio Tavares evoca um tema similar para a composição do autor do Eu: seu semblante, grave diante de um espelho, face a face com sua própria expressão.

"Conta-se que Augusto dos Anjos sempre andava com um espelhinho no bolso", notifica o artista plástico. "Escolher pintá-lo diante do espelho é uma maneira de representá-lo ante o seu 'eu', não como um ato narcisista, mas como um ato de tornar-se um dos personagens do universo de sua poesia".

Engrossando as fileiras de críticas quanto ao suposto descaso do Governo do Estado com a data do centenário do Eu, Flávio chama a atenção para uma "injustificável desatenção" que repete a "injustiça que Augusto sofreu em vida, na Paraíba".

A Secult elegeu o centenário do Eu como tema do próximo Festival de Areia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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