Rosas chama de traição rompimento de Rômulo Gouveia

O presidente do PSB na Paraíba, Edvaldo Rosas, divulgou uma nota no final da tarde de sexta-feira (27) em resposta ao rompimento político anunciado pelo vice-governador Rômulo Gouveia (PSD). O dirigente classificou o ato como traição e disse que o pronunciamento do vice-governador foi rasteiro. Edvaldo rebateu o argumento de que Gouveia foi desrespeitado na construção das alianças firmadas e disse que ele acompanhou todas as discussões.

“O vice-governador Rômulo Gouveia acompanhou pessoalmente todas as discussões a respeito das alianças partidárias com vistas ao processo eleitoral deste ano. O próprio governador Ricardo Coutinho o manteve informado das discussões em torno das eventuais composições”, diz Edvaldo Rosas em um trecho da nota. Segundo o presidente socialista, o processo de alianças só teve andamento após Gouveia dar o aval, dispondo dos espaços na chapa em favor da continuidade da gestão.

Em entrevista coletiva no início da tarde, Rômulo justificou a decisão de mudar de lado com o argumento de que o governador Ricardo Coutinho (PSB) não cumpriu o compromisso de lhe garantir a candidatura ao Senado. Ele anunciou que junto com o PSD vai apoiar a candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao governo do estado.

Ainda conforme a nota do PSB, até hoje não tinha sido dita uma palavra do vice-governador que impedisse o PSB de seguir em frente nas discussões com outras forças políticas. “O que não se poderá apagar, mesmo com o cinismo de suas palavras, é a quantidade de espaços que ao longo desses três anos e meio o vice-governador Rômulo Gouveia pôde dispor. A Paraíba deverá levar muitos anos para descobrir o que realmente aconteceu de uma noite para outra”, declara Rosas em outro ponto da nota oficial. O presidente encerra o documento afirmando que o partido e Ricardo Coutinho já enfrentaram e suportaram outras traições.