POLÍTICA
Secretários apoiam formalização da Associação de Mídias Digitais
Gestores defendem a capacitação das empresas de mídias digitais e a criação de critérios para divisão do bolo publicitário.
Publicado em 07/07/2015 às 8:19 | Atualizado em 07/02/2024 às 13:16
A Associação de Mídias Digitais (Amidi), criada na última quinta-feira com a finalidade de regulamentar a atividade do segmento na Paraíba, ainda não saiu do papel, mas já tem criado expectativa positiva entre os responsáveis pela comunicação do governo do Estado e das prefeituras de João Pessoa e Campina Grande. O consenso é o de que a busca pela formalização do setor trará credibilidade ao conteúdo noticioso gerado pelo poder público, bem como a construção de critérios práticos para o rateio da verba publicitária.
Responsável pela gestão dos recursos para divulgação das ações institucionais do governo do Estado, o secretário de Comunicação, Luís Tôrres, defende que é preciso voltar as atenções para a regulamentação do segmento. Tôrres também colocou a estrutura da pasta que comanda à disposição dos veículos. “O ambiente online é o que mais cresce e se consolida no Brasil e no mundo, superando mídias tradicionais e se tornando um setor que ente algum, seja público ou privado, possa prescindir, o que sugere, nesse sentido, nosso apoio em qualquer ação em favor do segmento”, enfatizou.
A opinião do secretário adjunto de Comunicação de João Pessoa, Anderson Pires, segue no mesmo sentido. Ele ressalta, ainda, que a regulamentação da atividade deve excluir os chamados aventureiros, que criam blogs e portais só para faturar verbas públicas. “Temos que acabar com essa lógica de que, em se tratando de setor público, todo mundo pode tirar alguma coisa dele. A prática de mercado tem que ser reproduzida para o público. Não pode existir parâmetro duplo. Ter duas tabelas, que é o que acontece em quase todos os veículos”, comentou.
A proposta de Anderson Pires é que sejam criados parâmetros de gastos, estabelecendo critérios através de uma análise técnica matemática, mas considerando também a finalidade da publicidade, como o governo federal faz. “Se eu trabalho com um produto que precisa ser para um veículo que trabalhe mais com um perfil de cliente que discuta mais política, eu tenho que ter uma brecha para mesmo ele não sendo de maior audiência, eu poder mandar a verba para ele”.
Já o secretário de Comunicação de Campina Grande, Marcos Alfredo, tem uma visão mais neutra sobre as intenções da associação. “Acho louvável a iniciativa, principalmente porque permite àquelas que militam no jornalismo digital o senso básico de organização formal que poderá melhorar as relações entre veículos e mercado”, afirmou. Marcos Alfredo lembrou que já existe uma tendência nacional, em termos de serviço público, no sentido de se aprimorar as ferramentas de monitoramento e medição de audiência dos meios que produzem conteúdo na web. “Os próprios órgãos de controle no Brasil também já passam a adotar padrões de fiscalização com base em critérios objetivos”, disse.
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