Em nome do pai

Ele carrega o nome do pai ao lado do seu. E no ‘apelido’ também. Isaías Gabriel Ramos de Oliveira é conhecido, por muitos, como o filho de Gabriel, que foi ídolo do Campinense na década de 80. Mas chegou a hora de o volante do Botafogo caminhar com as próprias pernas. É o que ele deseja para a atual temporada, que começou superando qualquer tipo de expectativa.

O jogador vem sendo um dos destaques da excelente campanha do Belo no Campeonato Paraibano deste ano.

Apesar de estar na quarta colocação, a equipe é a única invicta da competição, com oito pontos conquistados. Dos nove gols marcados pelo time, Isaías fez dois. E duas pinturas, diga-se de passagem. Nada mal para quem veio com a missão de ser o ‘cão de guarda’.

“É uma característica minha fazer gols de fora da área. Tenho uma facilidade muito grande para chutar, seja com a esquerda, seja com a direita. Trabalhei forte na fase de preparação e agora estou colhendo os frutos”, comentou.

Se o pai atuava no setor ofensivo, na extinta posição de ponta direita , nem por isso deixa de conversar com o filho antes das partidas. Nada de papo boleiro, e, sim, muitos conselhos, com o ‘carimbo’ de quem também fez sucesso em outros grandes clubes paraibanos, como o próprio Botafogo, Treze e Auto Esporte.

“Ele está sempre passando como eu devo jogar, o que eu tenho que fazer, o que é necessário para ter uma carreira consolidada.

Meu pai me pede muito empenho, muita determinação. Só assim serei vitorioso na vida. Apesar das diferenças, quero seguir o estilo dele, e ser um jogador aguerrido, honrando sempre meus compromissos”, disse.

Aos torcedores botafoguenses que ainda não conhecem o atleta de perto, Isaías se define como um jogador voluntarioso. A força de vontade e a garra demonstrada dentro de campo, segundo ele, são as suas principais características.

“Posso garantir que tenho muita determinação, do começo ao fim das partidas. Não paro de me doar um só minuto. Estou no Botafogo com o intuito de ajudar o clube, meus companheiros e a comissão técnica”, acrescentou.

A ótima relação com o treinador Suélio Lacerda é outro fator motivacional para o camisa 7 alvinegro. “Ele me passa tranquilidade. É um cara que me ajuda bastante. As pessoas passaram a me conhecer e, com isso, estou podendo mostrar meu futebol”, finalizou.