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VIDA URBANA

Região metropolitana de JP tem 70 AAs

Troca de experiências e depoimentos  fazem parte da terapia de grupo.

Publicado em 11/03/2012 às 8:24

O trabalho dos alcoólicos anônimos começou em 1935, nos Estados Unidos, mas atravessou fronteiras e já tem mais de 2,2 milhões de membros, no mundo. No Brasil, chegou em 1948. Na Paraíba, já são 200 grupos espalhados pelo Estado. Destes, 70 ficam só na região metropolitana de João Pessoa. As reuniões ocorrem, geralmente, em centros comunitários ou igrejas e as despesas são custeadas pelos próprios frequentadores, que fazem doações financeiras.

Duas vezes por semana, o cenário simples desses locais é cenário para depoimentos de pessoas que sentiram os danos do álcool na pele. São homens e mulheres de várias profissões.

Alguns ainda jovens e outros nem tanto, que dividem relatos de desilusões, tristezas, dor e sofrimento. Histórias que começaram quase sempre em ambientes alegres e festivos, mas que tiveram capítulos desastrosos, escritos pelo excesso do álcool. Na maioria dos casos, os dependentes começaram a beber ainda na adolescência.

“José” tem 53 anos e 15 foram dedicados à bebida. “Comecei a beber aos 14 anos, em festas de aniversários. Gostava das bebidas doces. Era tímido e tomava uma dose para me soltar”, conta.

Com o passar do tempo, a doença, que começou na área social, invadiu a profissão. “Era policial militar e bebia até enquanto estava de farda. Passei em um concurso interno para ser promovido a sargento, mas bebi tanto que fui preso e perdi a promoção. Minha mulher foi embora, ficava violento em casa e as pessoas chegaram até a me amarrar e levar para hospital psiquiátrico. Foi aí que percebi que precisava parar”, conta.
“José” ingressou no AA e já se passaram 25 anos em franca recuperação. Ao longo desse tempo, ele recuperou tudo que havia perdido. “Passei em outro concurso público e saí da PM.

Hoje sou casado, tenho saúde e vivo bem. Tenho uma nova vida”, diz.

A filosofia do AA é sempre evitar o primeiro gole. Cada período que o dependente passa sem beber é recompensado com fichas coloridas, cuja cor corresponde a uma fase de abstinência que vai de três meses até acima de 25 anos.

“A recuperação se realiza em reuniões, onde as pessoas praticam uma terapia de grupo em forma de depoimento. Na troca de experiência, o depoente busca uma nova vida e procura esquecer seu passado”, diz o médico Pedro Cardoso Filho, autor do livro “Álcool & Drogas Ilícitas”.

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Jornal da Paraíba

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