POLÍTICA
PT não descarta aliança com PMDB
Direção estadual do PMDB esteve reunida com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, nesta sexta-feira (24) em João Pessoa.
Publicado em 25/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 10/01/2024 às 16:11
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve reunido ontem com a direção estadual do PMDB, em João Pessoa, para “trocar impressões” sobre a campanha eleitoral na Paraíba e no plano nacional. O dirigente não descartou uma aliança com o PMDB no Estado ainda no primeiro turno, mas ressaltou que o partido tem um nome a apresentar. O presidente do PT declarou que a pré-candidata Nadja Palitot tem o respaldo do partido, mas que qualquer definição dependerá dos encontros estaduais.
Após a reunião e durante a coletiva de imprensa concedida em um hotel da capital no início da noite de ontem, o presidente do partido ressaltou reiteradas vezes que o encontro com a cúpula do PMDB não passou de uma visita de cortesia, já que dialoga sempre com o senador Vital do Rêgo em Brasília.
“O PT apoiou Veneziano no segundo turno em Campina Grande. Além de haver uma relação de parceria muito forte no plano nacional. Portanto, é natural que estando em João Pessoa essa visita aconteça”, afirmou.
Participaram do encontro o presidente estadual do PMDB, José Maranhão, o pré-candidato ao governo do Estado Veneziano Vital do Rêgo, o deputado federal Manoel Júnior e o deputado estadual Gervásio Maia. O presidente nacional do PT esteve acompanhado do membro do Diretório Nacional do PT e secretário de Articulação Política da Prefeitura de João Pessoa, Rodrigo Soares.
Rui Falcão destacou que a prioridade do partido é a reeleição da presidente Dilma Rousseff e que a situação dos palanques nos Estados só será estabelecida a partir dos encontros estaduais.
“A Nadja tem todo o nosso respaldo, mas estamos falando ainda de uma pré-candidatura porque teremos os encontros, onde os delegados vão referendar ou não essas indicações”, disse.
Rui acrescentou, ainda, que o nome de Nadja pode tomar amplitude na política de alianças.
“Nós participamos de um bloco, que apresentou outro nome, que é do deputado Leonardo Gadelha. Temos aliança com o PMDB no plano nacional e vamos dialogar com o PMDB, mas nesse diálogo nós nos apresentaremos com programa, com a credencial de estar dirigindo a capital do Estado e o país e todas as credenciais que o nosso partido apresenta no plano nacional”.
Questionado sobre a possibilidade de o PT abrir mão da cabeça de chapa para uma aliança com o PMDB, o dirigente se esquivou.
“As circunstâncias políticas nunca se dão com essa simplicidade. Nós vamos dialogar e, dependendo do cenário político, pode ser mais conveniente para Dilma ter dois palanques que a apoiem ou convergirmos para o mesmo palanque. Não temos como interferir nessas circunstâncias”, disse.
Depois da reunião com o presidente nacional do PT, o senador Vital do Rêgo declarou que ainda acredita na possibilidade de um único palanque na Paraíba e que essas definições não deverão passar do mês de março.
“Imagino que no futuro, a partir de março, nós tenhamos um palanque só, que possa defender a candidatura da presidente Dilma, onde possam estar todos juntos. Esse é o meu desejo e do PMDB, mas respeito profundamente qualquer outra alternativa. As alternativas não são postas como impositivas, mas temos uma estratégia que passa, na conjuntura atual, pela formação de um grande palanque”, afirmou.
MARCOS HENRIQUES RETIRA CANDIDATURA
Ontem, a advogada Nadja Palitot ganhou o apoio do presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, que oficializou ao presidente nacional do PT a retirada de sua pré-candidatura ao governo do Estado em apoio ao nome de Nadja. Para a pré-candidata, o gesto de desprendimento do movimento sindical em apoio à sua candidatura é reflexo da unificação que se pretende com a sua pré-candidatura. “Esse gesto mostra a força que a nossa pré-candidatura vem ganhando, avançando e unificando o partido. Sem dúvida, estamos mais fortificados”, disse.
Nadja não descartou a criação de mais de um palanque dentro do blocão, já que a prioridade é a campanha de Dilma.
“O PT, mantendo a sua pré-candidatura, não inviabiliza o palanque dos aliados. O partido sempre trabalhou com essas estratégias de lançar candidaturas majoritárias, avalie agora que temos a administração do país, da capital, abrirmos mão dessa prerrogativa? Nesse sentido, estamos empenhados - o partido como um todo - em ter uma candidatura própria”.
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