VIDA URBANA
Com macas retidas, ambulâncias ficam paradas no Trauma de JP
De acordo com o Samu, 10 ambulâncias ficaram paradas ao mesmo tempo no hospital. Direção do Trauma nega que o fato tenha ocorrido e diz que primeiro atendimento deve ocorrer nas macas das ambulâncias.
Publicado em 17/11/2014 às 14:52
O Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa voltou a reter macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a coordenação do órgão, o problema aconteceu durante todo o dia de domingo (16) e se estendeu até a manhã desta segunda-feira (17). Em um mesmo período, 10 ambulâncias do Samu ficaram paradas no estacionamento da unidade hospitalar aguardando que suas macas fossem liberadas.
Segundo o Samu, a retenção de macas no Trauma de João Pessoa tem acontecido com certa frequência nos finais de semana, quando aumenta a demanda nos atendimentos . O órgão afirmou que na manhã desta segunda-feira quatro ambulâncias ficaram paradas, na noite de domingo foram seis e durante o dia foram 10 ao mesmo tempo.
O tempo de retenção é superior a 15 minutos e isso acaba prejudicando na prestação de atendimento do Samu. Pois cada ambulância só tem uma maca e enquanto os equipamentos estão retidos no hospital, outros pacientes que precisarem não podem ser atendidos. E segundo o Samu, o órgão não é a única 'vítima' da medida, macas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal também têm ficado presas no Trauma.
Por meio de nota, a direção do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa garantiu que não há retenção de macas na unidade. “Ocorre que em casos de pacientes graves e instáveis, o primeiro atendimento deve ocorrer nas macas das ambulâncias, sendo estas liberadas o quanto antes, conforme protocolo de atendimento hospitalar a pacientes graves, de acordo com portaria do Ministério da Saúde”, disse o hospital.
O Trauma afirmou também que a demanda de pacientes tem aumentado gradativamente nos últimos dias, porque, segundo relato de usuários, tem ocorrido a negativa de atendimento em outras unidades hospitalares. Isso vem sobrecarregando o Trauma com pacientes fora do perfil da unidade.
Entre julho e agosto desse ano foi registrada uma crise entre Trauma e Samu por causa de seguidos casos de retenção de macas. Na época o secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza, admitiu o problema e garantiu que não voltaria a ocorrer. Ele disse ainda que a situação vinha sendo ocasionada pela falta de leitos em outras unidades hospitalares e de regulação médica.
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