POLÍTICA
"Cruz Vermelha não melhora atendimento"
O médico Tarcísio Campos disse que a gestão pactuada com a Cruz Vermelha não melhorou substancialmente o atendimento no Trauma.
Publicado em 03/03/2012 às 8:00
O médico Tarcísio Campos, durante a audiência, disse que a gestão pactuada com a Cruz Vermelha não melhorou substancialmente o atendimento no Trauma, pois continuam ocorrendo problemas como a superlotação nas áreas de urgência (áreas vermelha e amarela), o déficit de leitos de enfermaria e a carência de equipamentos. Ele confirmou que já presenciou em uma cirurgia de emergência a utilização de furadeira doméstica e revelou que a melhora verificada nas condições dos equipamentos se deve à triagem feita pelo hospital, que recuperou seu perfil para atender apenas casos de trauma, urgência e emergência. Fora desses casos, os pacientes estão sendo encaminhados para outras unidades públicas.
Mas Tarcísio Campos também apontou pontos positivos: a Cruz Vermelha realizou uma reforma que ampliou em cerca de dez o número de leitos de UTI e comprou leitos em unidades hospitalares de retaguarda, como nos hospitais Treze de Maio e Monte Sinai, para atender pacientes do pré e pós-operatório.
Todavia, declarou ainda haver déficit de leitos.
O diretor administrativo do hospital, Sílvio Guerra, informou que as irregularidades apontadas pela auditoria do MPT foram sanadas e assegurou haver manutenção dos equipamentos do hospital, além de grande parte deles possuir sobressalentes.
O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, requereu a realização de uma inspeção judicial no Trauma, mas o juiz indeferiu, entendendo que não seria necessária, tendo em vista que os elementos constantes nos autos eram suficientes para o julgamento da causa.
O secretário da Saúde, Waldson Souza, apresentou durante a audiência um sistema de acompanhamento real do hospital, com imagens online, informações de número de leitos ocupados e vagos, de entradas de pacientes, controle por pulseiras com código de barras e até acesso a prontuários. Ele informou que só quem tem acesso ao sistema é ele próprio, o governador Ricardo Coutinho (PSB) e a gerência do hospital.
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