Barbosa anuncia filiação de Agra ao PT em JP

Ex-opositor à candidatura do deputado Luciano Cartaxo (PT) à Prefeitura de João Pessoa, o presidente municipal da legenda, Antônio Barbosa, revelou ontem que só aceitou apoiar a candidatura própria após o apoio do prefeito Luciano Agra (sem partido), que em breve deve se filiar ao PT. “Eu disse a Cartaxo que a vinda de Luciano Agra para a nossa candidatura, e em breve para o nosso partido, com seu capital político, pela gestão bem aprovada que tem, é um fato político da maior relevância, que torna a nossa candidatura bastante viável”, disse.

As declarações de Barbosa foram prestadas ontem durante coletiva à imprensa realizada no plenário da Câmara de João Pessoa. Chegando somente ao final do encontro, o prefeito Luciano Agra não negou que deve retornar a sua antiga legenda, no entanto preferiu não revelar em que momento a filiação deve acontecer. “Estou focado na administração e fazendo parte dessa aliança e vou observar os acontecimentos políticos para poder me posicionar. Meu campo de atuação vai ficar nesse contexto e por aí vai ser meu destino político”, desconversou.

Em tom de cordialidade com o grupo a que antes fazia oposição, o presidente municipal do PT garantiu que o momento é de unidade e que isso inclui conversações com os dissidentes, já que o partido continua rachado, sem a confirmação de apoio do deputado federal Luiz Couto. “Com a adesão de Agra e a decisão nacional do partido eu não poderia marchar sozinho. Temos 90% conosco, mas temos esperanças de aumentar. Vou entrar na campanha por inteiro”, comentou Barbosa.

Segundo Barbosa, há grandes chances de que Luiz Couto venha aderir à campanha do PT. “Há determinadas condicionantes que impedem a sua decisão, mas estamos em conversações.

Precisamos regularizar a situação do PT em Campina Grande e em Cajazeiras, chegarmos a um consenso”, explicou.

Quanto ao superintendente do Sebrae, Júlio Rafael, que está em viagem internacional desde a semana passada, apesar de julgar difícil o apoio, Barbosa acredita que ele acabe acatando a decisão soberana do partido. “Ele tinha viagem agenda para Moscou e certamente no seu retorno esses entendimentos internos vão crescer, porque o diretório unido é um recado muito forte aos demais companheiros”, garantiu.