Procurador é encontrado morto no apartamento

O procurador aposentado do Estado Abílio de Sousa Sá, 68 anos, foi encontrado morto na manhã de ontem em seu apartamento, localizado no bairro do Bessa, em João Pessoa. Segundo informações da Polícia Militar, a vítima estava despida e com mãos e pés amarrados com camisas na cama, além de uma toalha sobre o rosto, cenário que indica um possível assassinato.

Por volta das 9h de ontem, um vizinho teria notado que a porta do apartamento de Abílio de Sousa estava entreaberta e entrou para verificar o que tinha acontecido. Ao entrar no local, encontrou o corpo do aposentado sobre a cama, fato que o levou a entrar em contato com a polícia, que encaminhou uma equipe ao local.

Ao chegar à residência, a polícia constatou que o procurador já se encontrava em óbito. Segundo o tenente Sebastião Almeida, do distrito de Segurança Pública de Manaíra, a suspeita é que o crime tenha ocorrido na tarde da última quinta-feira, devido ao estado que foi encontrado o corpo. “Não percebemos a olho nu possíveis marcas de violência ou tortura, pois o corpo já estava bastante arroxeado. A suspeita é que ele tenha sido morto por asfixia”, disse.

Além do vizinho que encontrou o corpo, foi convidado a testemunhar sobre o caso o porteiro do prédio em que residia Abílio de Sousa. De acordo com o funcionário, duas pessoas teriam entrado no apartamento da vítima no dia do crime.

“Ele (porteiro) informou que dois homens entraram no apartamento. Um foi visto às 14h e o outro às 18h. Suspeitamos que uma dessas pessoas foi responsável pelo crime”, disse o tenente Sebastião Almeida. Ainda segundo o porteiro, os dois homens eram conhecidos do aposentado, pois já tinham sido vistos frequentar o local anteriormente.

O apartamento estava bagunçado e com pertences espalhados. Uma televisão de LCD estava enrolada em cima de uma mesa para ser supostamente levada posteriormente. O prédio do procurador aposentado não possui sistema de segurança interna, o que dificulta a resolução do crime.

Após perícia no local, o corpo de Abílio de Sousa foi levado pela Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol). O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Contra a Pessoa.