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COTIDIANO

Mais uma possível vítima do estuprador carioca se apresenta

Pode chegar a 19 o número de mulheres que reconheceram Fábio Pereira de Souza como o homem que as violentou. Uma adolescente o reconheceu como o homem que a atacou.

Publicado em 04/08/2011 às 18:37

Da Redação

Mais uma provável vítima do estuprador foi identificada nesta quinta-feira (5) em João Pessoa. Uma adolescente de 16 anos contou ter sido abordada por um homem que a teria obrigada, sob mira de uma arma, a subir na garupa de uma moto onde ele passou a tocá-la e beijá-la a força. O fato se deu há dois meses.

A adolescente que só hoje identificou o agressor, contou só ter escapado do ataque porque no momento em que ela estava subindo na moto, um homem que passava na hora estranhou o que acontecia e, por conta disso, o estuprador deu espaço para que ela se desvencilhasse e fugisse.

Ela só identificou o seu agressor depois que viu Fábio Pereira de Souza, de 43 anos, em uma matéria na televisão. Na dúvida, ela procurou o fotógrafo Walter Paparazzo, amigo da família, para ver mais imagens e confirmar se o acusado de 18 outros ataques seria o mesmo homem que a havia atacado. O que se confirmou.

Agora, a família deve procurar a polícia para registrar um boletim de ocorrência e tentar integrar mais este caso à investigação. Na época, nenhuma queixa foi prestada porque a família da adolescente não havia acreditado na história e resolveu não ir à polícia.

Fábio Pereira, também conhecido pelo nome de Abner Machado, já considerado o maior estuprador do Brasil, foi transferido para o presídio PB-I, em Jacarapé, na noite da quarta-feira depois de passar sete dias preso na carceragem da Central de Polícia da Capital. Ele foi preso na última quinta-feira (28) acusado, inicialmente, de cometer uma série de estupros no bairro do Geisel.

Ele foi detido depois que um retrato falado seu foi divulgado à população. Quem o descreveu foi uma criança de 11 anos que foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e depois abandonada em um terminal de ônibus no bairro do Geisel. Posteriormente, em buscas nos arquivos do computador do acusado, a polícia encontrou um vídeo do crime contra a garota. Por ele ter filmado o ataque, a delegada Joana Darc, da Delegacia da Infância e Juventude, acredita que ele pode fazer parte de uma rede de pedofilia.

Até esta quinta, 18 mulheres entre 9 e 38 anos já reconheceram Fábio como o homem que as estuprou. Ele já atuava na Paraíba desde 2007. Uma das vítimas, de 21 anos, disse que engravidou dele e logo depois fez um aborto espontâneo. Uma adolescente de 13 anos também ficou grávida, mas não pretende abortar e irá encaminhar a criança para adoção. O acusado, no entanto, só confessou dois dos casos, contra uma criança de 9 anos e outra de 11.

Segundo Joana Darc, as vítimas eram abordadas no meio da rua, em bairros como Mangabeira, Bancários, Valentina e Rangel. Ele agia sempre armado, ameaçava as mulheres, levavam suas vítimas para um local isolado, praticava o estupro e depois as devolviam para o lugar de onde tinham sido levadas. Em alguns crimes, ele levou as vítimas para um kitnet no bairro do Cristo e para uma casa em Jacumã.

Quando preso, Fábio usava uma outra identidade com o nome de Abner Machado Pereira Neto, de 36 anos. A Polícia Militar de Minas Gerais reconheceu a foto do acusado e informou à Polícia Militar da Paraíba o verdadeiro nome dele. Apenas neste estado, o estuprador tem cinco registros de crimes de violência sexual e chegou a ser preso no município de São João Nepomuceno. Porém, depois de ser transferido para a penitenciária de Rio Preto por causa de uma rebelião, fugiu do local.

Assista à matéria do Jornal Nacional sobre o caso.

No relatório da polícia mineira consta, ainda, uma condenação em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, referente a um crime de 1999. A PM também tem informações de um estupro cometido cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele pode ser envolvido, ainda, com dois casos de abusos em Fortaleza, no Ceará, e a polícia paraibana ainda aguarda relatórios de outros estados do país. Fábio já atuava pelo menos desde 1992.

Ele era casado com Rosemary Mafra, que disse ter se surpreendido com os crimes cometidos. Ela morou quatro anos com Fábio e tem três filhas com ele com idades que variam entre dois e um ano.

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Jornal da Paraíba

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