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VIDA URBANA

Queimadas protesta contra a violência

Na segunda-feira (12), completou um mês da barbárie que terminou com cinco mulheres estupradas e duas delas mortas.

Publicado em 13/03/2012 às 8:00


O município de Queimadas, no Agreste paraibano, ‘parou’ para assistir a mais uma demonstração de luta e combate à violência contra a mulher, um mês depois da tragédia que ficou conhecida como a ‘barbárie de Queimadas’ e que terminou com cinco mulheres estupradas e duas delas mortas com requintes de crueldade.

Ontem à tarde, centenas de pessoas invadiram as principais ruas da cidade, em uma passeata cujo principal clamor foi o fim da violência contra a mulher e da impunidade.

A mobilização serviu para relembrar as mortes da professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, de 27 anos, e da recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos.

No evento, apoiado pelos poderes públicos estadual e do município, os manifestantes utilizaram cartazes, orações, carros de som e apitos, para denunciar casos de agressão e afrontamento contra as mulheres da cidade.

Quem participou do movimento foi uma das irmãs de Michele, a estudante Priscila Domingos. “Aqui a nossa principal meta é alertar para o problema da violência contra a mulher e não deixarmos que outras barbaridades possam acontecer, como a que vitimou minha irmã e as demais vítimas presentes na casa”, observou.

A secretária executiva da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba, Gilberta Santos Soares, informou que os familiares e vítimas sobreviventes de Queimadas foram incluídas em um programa de proteção e acompanhamento de vítimas contra mulheres.

“Nós estamos investindo na proteção e em programas que atuam junto a essas mulheres. Estamos também ampliando a nossa casa abrigo em João Pessoa e realizando em parcerias com vários municípios a estruturação de polos de defesa e combate à violência”, assinalou.

Durante a mobilização em Queimadas, a subsecretária nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, Aparecida Gonçalves, anunciou a capacitação de profissionais no Estado, com o objetivo de atender vítimas de violência. “Estamos liberando R$ 1,3 milhão para ações e tratando dessa questão como prioridade. A Paraíba ficou conhecida nacionalmente com essa tragédia e é nosso dever evitar que outras situações como essa voltem a acontecer”, defendeu.

Imagem

Jornal da Paraíba

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