VIDA URBANA
MPT dá prazo para Cruz Vermelha pagar salários atrasados
Prazo de 10 dias termina no domingo (24). Determinação foi motivada por denúncia de sindicato.
Publicado em 18/08/2014 às 17:55
A organização social Cruz Vermelha tem até o próximo domingo (24) para regularizar o pagamento de salários atrasados de funcionários do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, que é administrada por ela. O prazo de 10 dias foi dado pelo Ministério Público do Trabalho durante audiência realizada na última quinta-feira (14) na sede da Procuradoria Regional do Trabalho, na capital paraibana.
A decisão foi do procurador do Trabalho Eduardo Varandas, após o recebimento de uma denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde apontando uma série de irregularidades e pendência quanto a direitos trabalhistas. Segundo a entidade representativa, todos os servidores celetistas do Trauma tiveram reajuste salarial há nove meses e só agora a empresa vem cumprindo, mas está se recusando a pagar os atrasados.
Ainda segundo a denúncia, os plantonistas noturnos não estão recebendo as horas extras e os dos feriados também não estão recebendo a hora adicional nos termos da convenção coletiva. Outra suposta irregularidade apontada é não concessão dos intervalos intrajornadas.
“Entendendo que não há justificativa nenhuma para tamanho desleixo com o trabalhador, concedemos um prazo para que a Cruz Vermelha nos apresente um prazo de quitação dos salários”, explicou Eduardo Varandas em entrevista à rádio CBN João Pessoa. O procurador afirmou que o MPT só tomou conhecimento da situação neste mês.
Varandas também criticou a gestão terceirizada do Hospital de Trauma de João Pessoa, ao afirmar que ela é a causadora dos problemas. “Tudo isso está acontecendo porque desde o início nós avisamos ao governo do Estado que o esquema de terceirização mediante OS (organizações sociais) não funcionava, nós não temos problemas só com a Cruz Vermelha”, completou.
A reportagem pediu explicações à direção do Trauma de João Pessoa sobre os fatos elencados pelo Ministério Público do Trabalho, mas até a publicação dessa notícia não recebeu um posicionamento como resposta.
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